O Rei de todas as Copas

Pelé, eterno.

Ele transformou o futebol, a Copa, o mundo.

Por melhores cronistas que sejamos, nossas palavras nunca dirão tudo o que foi Pelé. Apenas a bola pode dizer. 

PELÉ: O FUTEBOL É UM CAXAMBU DE SURPRESAS

PELÉ: O FUTEBOL É UM CAXAMBU DE SURPRESAS “que voltem sorriso e fé ao reino do rei pelé.” (Affonso Ávila, “Cantiga do Rei Pelé”) A primeira vez que vi de perto grandes craques do futebol brasileiro foi em Caxambu, em 1966, quando uns 40 jogadores pré-selecionados preparavam-se para a Copa da Inglaterra – que acabou em grande frustração No campo

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Teoria da bola

Havia sido um amistoso seguido de vitória, como de costume. No centro do ônibus, reunidos, falávamos sobre a vida, entoávamos sambas conhecidos por todos, encarnávamos nos mais tímidos e nos divertíamos. Cumpríamos o ritual que nos unia e fortalecia. Aquele que, em algum momento, alguns outros meninos iniciaram e que se perpetuou. Ainda que não soubéssemos, essas práticas leves e

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As Mãos do Pelé

A mãe, escandalosa como sempre, berrava, enquanto eu sumia pela praia em busca das águas quentes da Enseada. Por puro masoquismo, ela assistiu ao filme do Spielberg, na noite anterior à nossa viagem para o Guarujá e temia que eu fosse tragado por um tubarão. Eu, chamado de meia-lua na escola, por ser branquelo e fora do peso, ouvia os

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ANTES DO REI

Pelé do rádio. Pelé do basquete. Pelé dos mecânicos. Pelé dos violonistas. Pelé do sax. E a alcunha final, destinada ao próprio, sem qualquer falta modéstia: Pelé, o Rei do futebol. Era tão seguro disso, que poderia afirmar: Beethoven foi um Pelé da música. Tudo Isto é Pelé e um pouco mais. O documentário Isto É Pelé, de Eduardo Escorel

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O Rei maior

Morreu Pelé. Morreu parte de minha identidade como pessoa e principalmente, brasileiro. Desde pequeno, meu pai mencionava o quanto Pelé era diferenciado enquanto jogador de futebol. Mas ele era, naturalmente, muito mais do que isso. Lendas ou fatos a seu respeito existem aos milhares. A de que foi capaz de causar um armistício temporário numa guerra entre dois países africanos

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Nem todos amam o Rei

Em casa, Pelé era um nome proibido. Meu pai, corintiano fanático , simplesmente o detestava. Na época, só dava Santos. Havia um programa de TV chamado Miss Campeonato e quem ficava com ela no final era quase sempre o Peixe Santista. Fora desse contexto, aprendi a admirar o atleta em campo. Só isso. Fora dele, nem tanto. Lembro que, uma

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O dia que Pelé passou a mão na minha cabeça

Meu pai, médico, era Delegado Regional de Saúde (espécie de subsecretário de Estado) da região Noroeste de São Paulo, que vai de Bauru até a divisa do Mato Grosso. Despachava duas vezes por semana naquela cidade. Entre seus funcionários, o mais querido era um preto simpático, que cuidava da limpeza da Regional, centroavante goleador do time da Delegacia nas horas

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O Rei e eu

A primeira e única vez que estive com Pelé foi na gravação de uma canção feita por Ruriá Duprat, um amigo que arranjou e dirigiu musicalmente o Rei num CD do qual eu faria a capa. Acompanhei a gravação, e se eu fosse expressar fisicamente o meu estado emocional ali, estaria de joelhos de frente para o aquário do estúdio,

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O beijo para nós.

Ah, esse rei tão brilhante, que encantou o mundo! Em todas as homenagens que li e vi, lá estava o meu irmão criança torcendo fervorosamente por ele. A paixão dos 7 anos, que se mantém aos 70, e segue no meu sobrinho lindo, santista também. Eu vi Pelé no campo. E também me encantei. A última vez foi num amistoso

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Ele não

(Publicada em novembro, quando da internação do Rei) Leio que Pelé foi internado outra vez. É o que diz a manchete do jornal que me assusta. O texto esclarece que o procedimento é para exames de rotina. Tirando as dores e uma certa dificuldade para andar, ele até está bem para seus 81 anos. Ufa. Houve um tempo em que

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TOADA DE UMA NOTA SÓ PARA O NÚMERO DEZ

Toada de uma nota só para o número dez 1 Hábil com a bola no pé Cada jogada um balé — só podia ser Pelé. 2 Lá na terra do café Onde dizem uai e né Foi onde nasceu Pelé. 3 Todo mundo punha fé Cada estádio era a Sé Pontificava Pelé. 4 Com Coutinho, lé e cré, Não tinha

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Pelé Eterno – Capítulo Final

Era uma tarde de verão em Santos. A praia estava cheia. O Rei falecera minutos atrás. Como colecionador, lembrei daquela camisa autografada que sempre sonhei ter pendurada em meu escritório. Pensava naquele gol contra Pais de Gales na Copa de 58; na final da Copa de 70; até do Governo FHC me lembrei, quando Pelé assumiu o Ministério dos Esportes.

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Aquele dia com Pelé

Vi Pelé uma única vez em campo. Eu, quatro meses antes de completar meus 10 aninhos, estava no Maracanã em sua despedida da seleção, no dia 18/7/71, em jogo contra a Iugoslávia (2 a 2), país que pertencia à “Cortina de Ferro” e que, com o fim da União Soviética, foi desmembrado, criando, entre outros, a Croácia, nosso calo no

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No céu dos artistas

Quando todo mundo, de estatura tão maior que a minha, já disse tudo que havia a dizer sobre Pelé ainda em vida, de que adianta falar dele neste dia triste, de luto e saudade? Lembro Drummond: difícil não é fazer mil gols, como Pelé. Difícil é fazer um gol como Pelé. Lembro o filme com o resumo de sua história:

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Personagem Eterno

Após uma vitória do Santos por 5 x 3 contra o América carioca em um torneio Rio – São Paulo em 58, o personagem da semana escolhido por Nelson Rodrigues para sua crônica foi, fatalmente, Pelé. Naquele momento, Pelé ainda era apenas especulado para integrar a seleção que disputaria a Copa da Suécia. Mas no texto visionário de Nelson foi

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Um rei no corredor

Como muita gente está colocando suas selfies ao lado de Pelé e o homenageando com textos, também vou dar a minha palhinha. Vi o Rei por duas vezes. A primeira foi na agência de publicidade Jarbas. Tinham a conta do Café Cacique e, uma tarde, Edson apareceu por lá em sua Mercedes-Benz. Soube que foi um momento de caixa baixa

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O SÉCULO DO ATLETA

Foi-se. Suas últimas aparições, apesar de abatido, sempre ostentaram um sorriso quase beatífico, resignado. Foi motivo de orgulho para um país terceiro-mundista fadado, até então, a um destino inglório. Foi uma, duas, três vezes campeão do mundo. A ponto de ser eleito, com merecimento, o Atleta do Século. Hoje, ao cair da tarde, veio a notícia. O Rei deixou o

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