Wagner Hilário

Crônicas publicadas no projeto.

Com a confiança de quem sabe que é maior do que qualquer troféu

“Mais do que buscar algo, as meninas levam, prometeicas, as suas transgeracionais conquistas…” Terminei meu texto anterior, neste espaço, com essa frase porque acredito sinceramente que a mais importante conquista não está fora, mas dentro. Não é vencer a copa, mas cultivar o espírito da vitória no mais profundo de nossas almas, que nos dá casca para vencer as maiores

Leia mais »

A odisseia da bola pelos pés (e pela alma) das nossas meninas

Futebol sempre foi sinônimo de paixão e inspiração para mim, independentemente do gênero. Isso porque a bola é o mundo, a bola são todos e nenhum gênero ao mesmo tempo. A bola é hermética e afrodisíaca, um casamento de deuses: um rebento hermafrodita. Ela não é neutra, nunca foi, é volante, volúvel: muda de lado, de cores… Uma deslumbrante camaleoa

Leia mais »

A tenda de milagres

A Copa é uma tenda de milagres, como provaram os pés de Emiliano Martínez, a poucos minutos do fim da prorrogação, e como também fizeram as suas mãos, nas cobranças de pênalti. É uma tenda de milagres, como provou Lionel Messi, jogando, aos 35 anos, a melhor Copa de sua história, fazendo uma final digna de sua carreira e se

Leia mais »

Viva sua glória: se o milagre vier, você merecerá desfrutá-lo

Com os lábios lívidos de um pranto reprimido, minha filha de onze anos, que assistira à partida da seleção contra a Croácia no salão de jogos do prédio com a irmã e as amigas, entrou na sala do nosso apartamento e emendou: “Que decepção!”. Na TV, Neymar, depois de manter por uma eternidade perturbadora a expressão de incredulidade, desfez-se em

Leia mais »

Nada há de ser pleno nesta vida: nem o bem nem o amor

A plenitude é uma utopia. Nada haverá de ser pleno, pelo menos não nessa existência. Talvez por um milésimo de segundo se possa sentir o hálito da plenitude de um sentimento como a alegria, mas a precisão de sua lembrança é tão frágil e evanescente quanto a de um sonho bom. Na estreia da seleção brasileira, enquanto os fogos espocavam

Leia mais »

A final de Copa que não assisti ao seu lado

O chão de taco em tom de cedro, a velha cômoda de madeira escura, o cinzeiro cheio de cinzas sobre ela, o restinho de cigarro aceso entre os dedos da mão direita, o cotovelo apoiado na cômoda e os olhos azuis de pupilas negras apertadas concentrados no jogo que passa na TV de tubo. Faz 20 anos que Padulão, meu

Leia mais »