Pelé

PELÉ: O FUTEBOL É UM CAXAMBU DE SURPRESAS

PELÉ: O FUTEBOL É UM CAXAMBU DE SURPRESAS “que voltem sorriso e fé ao reino do rei pelé.” (Affonso Ávila, “Cantiga do Rei Pelé”) A primeira vez que vi de perto grandes craques do futebol brasileiro foi em Caxambu, em 1966, quando uns 40 jogadores pré-selecionados preparavam-se para a Copa da Inglaterra – que acabou em grande frustração No campo do CRAC, clube caxambuense em que atuava um jogador apelidado

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Teoria da bola

Havia sido um amistoso seguido de vitória, como de costume. No centro do ônibus, reunidos, falávamos sobre a vida, entoávamos sambas conhecidos por todos, encarnávamos nos mais tímidos e nos divertíamos. Cumpríamos o ritual que nos unia e fortalecia. Aquele que, em algum momento, alguns outros meninos iniciaram e que se perpetuou. Ainda que não soubéssemos, essas práticas leves e descontraídas, desinteressadas e lúdicas, alimentavam o sonho de ser jogador

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As Mãos do Pelé

A mãe, escandalosa como sempre, berrava, enquanto eu sumia pela praia em busca das águas quentes da Enseada. Por puro masoquismo, ela assistiu ao filme do Spielberg, na noite anterior à nossa viagem para o Guarujá e temia que eu fosse tragado por um tubarão. Eu, chamado de meia-lua na escola, por ser branquelo e fora do peso, ouvia os gritos dela me imaginando que, ao menos, eu serviria de

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ANTES DO REI

Pelé do rádio. Pelé do basquete. Pelé dos mecânicos. Pelé dos violonistas. Pelé do sax. E a alcunha final, destinada ao próprio, sem qualquer falta modéstia: Pelé, o Rei do futebol. Era tão seguro disso, que poderia afirmar: Beethoven foi um Pelé da música. Tudo Isto é Pelé e um pouco mais. O documentário Isto É Pelé, de Eduardo Escorel e Luiz Carlos Barreto, de 1974, ano de sua despedida

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O Rei maior

Morreu Pelé. Morreu parte de minha identidade como pessoa e principalmente, brasileiro. Desde pequeno, meu pai mencionava o quanto Pelé era diferenciado enquanto jogador de futebol. Mas ele era, naturalmente, muito mais do que isso. Lendas ou fatos a seu respeito existem aos milhares. A de que foi capaz de causar um armistício temporário numa guerra entre dois países africanos para que os combatentes pudessem assisti-lo jogar pelo Santos. O

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Nem todos amam o Rei

Em casa, Pelé era um nome proibido. Meu pai, corintiano fanático , simplesmente o detestava. Na época, só dava Santos. Havia um programa de TV chamado Miss Campeonato e quem ficava com ela no final era quase sempre o Peixe Santista. Fora desse contexto, aprendi a admirar o atleta em campo. Só isso. Fora dele, nem tanto. Lembro que, uma vez, no rádio, a entrevistadora foi a uma loja de

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O dia que Pelé passou a mão na minha cabeça

Meu pai, médico, era Delegado Regional de Saúde (espécie de subsecretário de Estado) da região Noroeste de São Paulo, que vai de Bauru até a divisa do Mato Grosso. Despachava duas vezes por semana naquela cidade. Entre seus funcionários, o mais querido era um preto simpático, que cuidava da limpeza da Regional, centroavante goleador do time da Delegacia nas horas vagas: Dondinho. Diziam que chutava com os dois pés (um

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O Rei e eu

A primeira e única vez que estive com Pelé foi na gravação de uma canção feita por Ruriá Duprat, um amigo que arranjou e dirigiu musicalmente o Rei num CD do qual eu faria a capa. Acompanhei a gravação, e se eu fosse expressar fisicamente o meu estado emocional ali, estaria de joelhos de frente para o aquário do estúdio, tamanho o meu êxtase por estar junto do dono das

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O beijo para nós.

Ah, esse rei tão brilhante, que encantou o mundo! Em todas as homenagens que li e vi, lá estava o meu irmão criança torcendo fervorosamente por ele. A paixão dos 7 anos, que se mantém aos 70, e segue no meu sobrinho lindo, santista também. Eu vi Pelé no campo. E também me encantei. A última vez foi num amistoso pré-Copa em 22 de março de 1970, no Morumbi. Brasil

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Ele não

(Publicada em novembro, quando da internação do Rei) Leio que Pelé foi internado outra vez. É o que diz a manchete do jornal que me assusta. O texto esclarece que o procedimento é para exames de rotina. Tirando as dores e uma certa dificuldade para andar, ele até está bem para seus 81 anos. Ufa. Houve um tempo em que rotina, para Pelé, era marcar gols. Ninguém fez mais do

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