Copa Feminina 2023

FUTEBOL, SUBSTANTIVO FEMININO

Para as brasileiras que jogam futebol Foi no Natal. Eu tinha quatro anos e o mano, sete. Como sempre, o pai distribuía os presentes e abriu nossos embrulhos: uma bola e uma boneca. Estava na cara o que era de quem, mas assim que o mano botou seu presente no chão, eu me adiantei, tomei a bola e fiz meia volta pra passar por ele. Furioso, o mano saiu chutando

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A efêmera ilusão da glória vã

Reflexões no calor da hora sempre são subjetivas demais e correm o risco de perpetrarem injustiças. Passadas as críticas 24 horas desde a eliminação da seleção feminina do Copa do Mundo de futebol, podemos então fazer algumas observações. Toda crônica é, por excelência, subjetiva. E a minha, claro, não poderia ser diferente. Sempre fui meio “ovelha negra”, rés rebelde do rebanho. Por isso abomino quase tudo da cultura woke, do

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Não existe mais bobo no futebol e na dúvida pra quem torcer escolha o mais fraco

Você conhece esse país? Esse país que antes da copa masculina era conhecido como o lugar que abrigou uma das maiores novelas da rede globo. O clone. Olha aí o Marrocos sendo vanguarda, falando sobre clonagem humana, já era um indício de como esse simpático país estava com as antenas ligadas. Quem não vibrou com a seleção masculina derrotando os espanhóis na copa de 2022 não tem coração, nem sede

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Meio a zero

Camisa 10, mão no peito, hino à capella. Com ela em campo começamos ganhando de meio a zero. Cinco minutos: A narradora anuncia um milagre: Panamá faz 1 x 0 na França, resultado que classifica o Brasil. O milagre dura até os 20 minutos, quando a França faz o primeiro, o segundo e coloca o multiverso do futebol feminino de volta no seu lugar comum. Enquanto isso a Jamaica não

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Zero vezes zero é zero

Era um começo de dia com ansiedade. A Seleção jogaria suas fichas de classificação contra a Jamaica. A TV já estava ligada, quando Pedro, do alto da sabedoria dos 08 anos, perguntou: – Papai, por que vai ter aula se a Seleção vai jogar? Após um silêncio momentâneo, a mãe respondeu: – Para você ver, Pedro, a diferença de tratamento que existe entre Homens e Mulheres. Meses atrás, o Brasil

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Mudando as regras

Por João Nunes Meu amigo Joca, que está em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, para conhecer a família da nova companheira, Mariana, me liga inconformado com a desclassificação do Brasil. – Nós somos a oitava seleção no ranking da Fifa; a Jamaica é a quadragésima terceira! – Você viu o que o técnico deles falou antes? Que era David contra Golias e, de novo, quem ganhou

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A Copa, a Pia, a louça suja pra lavar e o azeite de dendê

Primeiro é preciso esclarecer que a louça suja precisa ser lavada porque nós, meros torcedores, não sabemos o real motivo pelo qual Pia nunca escalou a Cristiane para sentar-se à mesa junto à seleção brasileira para qualquer coisa, nenhum campeonato, nenhum amistoso, sequer uma ida à Granja Comary, nada. Tem caroço nesse angu? Depois, precisamos ser justos. Na Copa, a Pia nos dedicou um bom e único banquete: o ceviche

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CABÔ!!!!

Não há como disfarçar, fingir que não é comigo, que futebol é um jogo onde se ganha ou perde ou empata. Existem incontáveis e outras variáveis onde tudo – ou nada! – pode acontecer: o resultado é uma combinação dessas tais variáveis que a gente, às cegas!, tenta alcançar, ao menos para entender o que acontece, o que é isso que nos deixa triste ou alegre com o simples resultado

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I can see clearly now

Perdemos, mas não tenho coragem de falar mal da seleção. Nem sei se a palavra é coragem. Acho que pode ser conhecimento. Não tenho conhecimento para dizer que esta seleção é ruim como li em alguns nocivos comentários pelas redes sociais. Jogaram mal, isto é verdade. E contra um time que soube (coisa difícil) jogar pelo empate e abusou do “cai-cai” para ganhar segundos ou esfriar o jogo. Contra elas,

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Com a confiança de quem sabe que é maior do que qualquer troféu

“Mais do que buscar algo, as meninas levam, prometeicas, as suas transgeracionais conquistas…” Terminei meu texto anterior, neste espaço, com essa frase porque acredito sinceramente que a mais importante conquista não está fora, mas dentro. Não é vencer a copa, mas cultivar o espírito da vitória no mais profundo de nossas almas, que nos dá casca para vencer as maiores adversidades. Não é o oba-oba midiático o maior prêmio, mas

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