Não dá para rir

Ontem estive em uma apresentação de stand up comedy. Estava atrás de me divertir. O comediante falou por uma hora e meia. Mas eu não ri. Nem por dentro. Nem antes, com os dois que abriram o show. Nem depois. Azar.

Passado algum tempo, que para mim era muito tempo, minha filha me perguntou sobre as horas. Respondi que era quase dez. Minha filha é a minha pessoa preferida.

Os próximos 40 minutos foram de consultas ao relógio, bocejos, sono, vontade de ver o celular, pensar na Copa (quase a Espanha ficou de fora também! A Alemanha e a Espanha perderam para o Japão! Se o Tite não inventar…). Tiro pela culatra.

Na saída queriam saber se gostei. E havia um sorriso maroto em ambos. Falei para cada um dar uma nota de 0 a 10. Meu filho disse 10, porque riu o tempo todo, o que é mentira, porque tem coisa ali que ele não sabe o que é. Minha filha deu 5. Eu 6,5 (seis e meio, Wilton?!). Meu filho disse que não era meu tipo de humor. Hoje perguntarei para ele qual é o meu tipo de humor, o porquê e desde quando ele acha isso.

Em casa, lavando a louça, ajustei a minha nota para 5. E expressei isso. Hoje a zerei. Não consigo me lembrar de nada além do sentimento de não pertencimento. Mas ainda quero ver o Marco Luque e a Dra. Rosângela, que a minha filha achou que fosse médica. Será que é sobre isso que o meu filho disse aquilo?

Quais jogos hoje pela Copa mesmo? Sei que tem Brasil.
O Brasil pegará o Uruguai? É melhor colocarmos as barbas de molho. Samurais à vista! Não dá para rir. Nem por dentro.

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