A bússola brasileira

O México jogou os primeiros 15 minutos contra o Brasil como um time que pretendia vencer: se passamos pelos alemães, por que não passar pelo Brasil? Mas o jogo tem 90 minutos e o Brasil não é a Alemanha.

Vê-se que seu treinador, Osorio, treinou esse time. Os jogadores sabiam o que fazer. Durante 15 minutos. Perigosos no jogo de transição, mas frágeis em organização ofensiva. Vela é excelente.

O Brasil é um time equilibrado nos quatro momentos do jogo. É um time organizado e criativinho. Isso basta para ganhar a Copa? Muito possivelmente, porque criatividade é artigo em falta nos demais times.

Se Coutinho estivesse bem, teríamos goleado. Willian foi perfeito. Neymar consegue chamar a atenção para mais do que seu futebol exuberante. Suas acrobacias quando sofre algum tipo de falta são cênicas. O suposto pisão foi o seguinte: o mexicano botou o revólver na cara dele, ficou com vontade de atirar, mas não atirou! Neymar é um ótimo dublê. Quando fez o gol, bateu no peito e todos correram atrás dele. Quando Firmino fez, ficou parado e todos correram para ele. Neymar é a bússola brasileira.

O Brasil ganhou com as entradas de Fagner e Felipe Luis. Gosto da consistência defensiva de ambos. E da sua simplicidade ofensiva.

Meus vizinhos gritavam toda vez que Neymar pegava na bola. Mesmo longe do gol. Gemiam, na verdade: “vai, vai, vai”. Tiveram dois orgasmos coletivos no jogo. Três na verdade! Porque contaram os segundos finais: 10,9,8,7,6,5,4,3,2,1 e explodiram. Como se faz na virada de ano. Foi emocionante.

Gosto de Jesus. Não o tiraria do time, ainda que não faça gols. Bob continuaria como opção.

O juiz italiano deveria apitar todos os jogos da Copa. A gente nem ouve o seu nome.

Willian foi o melhor do jogo. Todo mundo viu. Sempre discordo da FIFA. Mas não vende como Neymar.

Adoro a tensão entre Edmundo e PVC. Animal.

Uma manhã de domingo na segunda-feira.

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