Copa 2022

Bom começo, com muitos gols

Apita o árbitro e os dois primeiros dias de Copa do Catar foram de tirar o fôlego. Não graças à cerimônia de abertura, que foi chinfrim, com aquela luta de espadas Jedi, música paia e os Fulecos de todas as edições anteriores. Gostei do fantasminha catariano. O ponto alto foi o encontro de Morgan Freeman com Ghanim Al Muftah, o influenciador digital que se agigantou ao lado do ator americano.

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Mashas, Nikas, uma braçadeira e o silêncio antes do apito

E lá vai a bola rolando outra vez nos gramados sob olhos atentos do mundo. Que horror! Repetem os que discordam das escolhas da FIFA. Nem cerveja! A escolha está feita e as obras monumentais erguidas. Sobre que bases? Haja escavações pra trazer à luz toda a verdade. E a essa altura já não importa. A bola deslizou macia obedecendo aos pés de cataris e equatorianos depois de uma clara

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Chuva inglesa no deserto.

Sabemos que o clima no Catar é árido, assim como o futebol do país. O primeiro jogo, contra o Equador, foi aquele 2×0 seco, ou seja, com poucas chances, quase nenhuma emoção. O Equador tentou, em alguns momentos, esquentar a partida, mas do lado catari, nenhuma gota de bom futebol. Pois bem, o tempo mudou logo no segundo jogo: Inglaterra contra Irã. Ainda que os persas também sejam acostumados com

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Pouca pele

Bem que eu tô tentando, mas tá difícil me empolgar com essa Copa do Qatar. Mas, buscando dentro de mim, vejo que o motivo desse meu desinteresse crescente pelo futebol em geral, vem de um tempo já. E nessa viagem sincera ao meu interior, descobri que é a falta de pele. Sim, os jogadores de agora vestem uniformes patrocinados pelas grandes marcas que mais parecem uma armadura de tecido, tampados

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Vai torcer com o quê?

Meu gastroenterologista, a pessoa que melhor me conhece por dentro neste mundo, disse-me um dia, analisando minha endoscopia no acrílico: “O estômago é o seu órgão de choque. Tudo você segura aí, absorve aí, ressente aí!”. Assustei-me com aquilo, mas não pude negar: foi ali que aprendi em definitivo que sentir é algo complexo e se dá via muitos órgãos. Nessa Copa não quero torcer com o fígado, destilando ressentimentos.

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Vazio existencial

Depois de fracassar em duas Copas e não ter sido eleito o melhor jogador do mundo em dez edições possíveis, Fefeu entraria na sua terceira Copa sem saber quanto vale a sua marca, o que muito o angustiava. Naquela noite, por exemplo, sonhara que seu colega de equipe, M., fora chamado para protagonizar uma campanha mundial de um desodorante-que-não-é-bom, subindo para 25 parceiros, um na sua frente. Isso fez com

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Abertura, diversidade e inclusão

A Copa começou e eu aqui, da copa de casa organizando algumas coisas, pude observar de relance a organização na cerimônia de abertura. Foi no estádio Al Bayt, um baita estádio! Importante observar que numa cultura fechada como a do Catar, em que mulheres não devem andar com o corpo descoberto, e em muitos casos, dependendo do local, nem podem andar… fizeram uma abertura pregando a diversidade e a inclusão.

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Copa do Mundo 2030 Agora vai! É o Brasil em Dubai!

[Há uns 10 anos, escrevi uma croniqueta humorística sobre a realização de uma Copa do Mundo num país árabe. Aqui vem ela, pelo que valha, enquanto aguardamos o próximo jogo no Catar.] 1º Tempo — Boa tarde, Brasil: estamos de volta para acompanhar a seleção brasileira de futebol em mais uma batalha para ultrapassar as oitavas de final da Copa do Mundo de 2030. É o Brasil inteiro torcendo pelo

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Eu, torcedor (lembranças da minha primeira copa)

A primeira vez, a gente nunca esquece. Não parece muito promissor que o prólogo de uma crônica seja um aforismo mais velho que a Copa do Mundo de 1930. Bem, em tempos copeiros, tanto quanto o gol fatal do Rossi, em 1982, da mão divina de Maradona em 1986, ou da bola que Baggio atirou rumo ao céu – para Senna, reza a lenda, em 1994, a pergunta “qual a

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1 minuto de silêncio, por favor.

Antes dos jogos começarem, vamos respeitar o minuto de silêncio em homenagem… …aos trabalhadores imigrantes, mortos durantes as obras nas sedes da Copa do Catar. …aos gays cataris, que têm que se manter em silêncio durante toda a vida. …às mulheres, cobertas e escondidas, privadas e oprimidas, no Catar e em tantos outros Afeganistões. …à democracia, frágil e ameaçada em tantos lugares neste planeta. …aos filhos da fome, da miséria

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