Abertura, diversidade e inclusão

A Copa começou e eu aqui, da copa de casa organizando algumas coisas, pude observar de relance a organização na cerimônia de abertura. Foi no estádio Al Bayt, um baita estádio! Importante observar que numa cultura fechada como a do Catar, em que mulheres não devem andar com o corpo descoberto, e em muitos casos, dependendo do local, nem podem andar… fizeram uma abertura pregando a diversidade e a inclusão. Até o emir, Tamim Bin Hamad Al Thani, elogiou a diversidade em seu discurso de boas-vindas, quem sabe com a sua declarada “tolerância” aos homossexuais e à inclusão de imigrantes explorados em seu trabalho para a construção de tão belos cenários.
Mas quem ficou mesmo bem na cena foi Morgan Freeman, que como num sonho de liberdade conversou em tom de informalidade com um influencer catari, Ghanim Al Muftah. O nativo, portador de uma síndrome que impede o desenvolvimento da parte inferior da coluna cervical, serviu para mostrar que os diferentes podem e devem assumir o protagonismo de acordo com suas pretensões. Ao menos, em período de copa, sob o olhar curioso das câmeras do mundo todo. Jung Kook trouxe a k-pop para a dança e a cantora do Catar Dana AL-Fardan sua bela voz, num país em que mulher não costuma ter voz e onde Annita não teve vez.
Depois de um desfile de mascotes das copas anteriores, incluindo o nosso Fuleco, aparece o Gasparzinho, mais conhecido por lá como La’eeb, para nos alertar que tudo aquilo pode não ser tão real quanto imaginamos.
Os torcedores equatorianos reclamaram a cerveja confiscada e o primeiro gol anulado pelo VAR, mas seus jogadores cataram de jeito os donos da casa, como já era de se esperar. Alguns brasileiros se assustaram ao ver um gol, feito pelo 13, anulado, mas logo em seguida vieram dois válidos, do Valencia, ou seja, 13 do início ao fim. Então, tudo certo para o primeiro dia…

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