La Finalissima

Acordei antes do despertador tocar. É dia de final. Uma tradição de grandes eventos. Dia 20 de agosto de 2023.

Acordar cedo é um ritual do esporte.  Preparar o café ouvindo o pré-jogo.

Espanha x Inglaterra. Final inédita. Sem choro nem vela. O couro comendo. Bola pro mato que é jogo de campeonato.

O jogo começou vibrante, chances de gol, bola na trave, torcidas infladas e gritaria. E meu café fervendo.

O time espanhol tem um toque de bola muito refinado e são envolventes, tem a cara de um projeto, uma tradição, uma escola. Que pese o técnico espanhol, um sujeito desprezível, denunciado por boa parte do time por comportamentos abusivos. Apesar desse homem o caldo não entornou dentro de campo.

As jogadoras inglesas tem outra escola, outra forma de jogar, são atletas no sentido mais atleta possível, fortes, firmes, concentradas, disciplinadas. E meio pernas duras. Faltou molejo no jogo das inglesas. E sobrou esforço. Grande copa.

De maneira geral, venceu uma das melhores equipes da competição, de uma copa muito forte e equilibrada, cheia de surpresas e de desafios. Com muita emoção e beleza.

A seleção espanhola talvez seja uma representação do que foi a copa, fez jogos brilhantes, outros nem tantos, sofreu com o paternalismo, sofreu preconceito, sofreu, resistiu, existiu, não se calou, protestou, brilhou e foi campeã no final. Campeonas.

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