Copa 2022

Por que amamos odiar Neymar Jr?

No meio da insensatez humana que vivemos, teve gente torcendo para que Neymar se machucasse. Outros, comemorando a lesão como se fosse gol. Odiamos tanto o Neymar, porque ele é cai-cai. Porque ele declarou voto. Num cenário político polarizado, ele é fruto de tudo que vivemos nos últimos 30 anos de Democracia. Dos impeachments, da reeleição, do mensalão, das rachadinhas, do antipetismo. Dos protestos da Copa das Confederações em 2013,

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Esporte ou arte

Como entender vinte e duas pessoas correndo atrás de uma bola, numa competição que pode acabar empatada, às vezes sem gol? Que maldita regra é o impedimento, que pune o artilheiro quando a situação é mais propícia ao seu sucesso? Por que só um jogador de cada time pode botar as mãos na bola, já que, se isso fosse um direito coletivo, o jogo seria mais dinâmico? Há muitas formas

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Par ou ímpar?

Até por volta dos meus 17 anos, eu achava que os anos ímpares me favoreciam. Nascera em 1969, minha irmã em 1975, o Corinthians foi campeão paulista em 1977, 79 e 83 e o Flamengo venceu o mundial em 1981, mesmo ano em que, jogando futsal, ganhei os meus primeiros campeonatos e terminei como artilheiro com 113 gols. Como se não bastassem as “evidências”, havia jogado um brasileiro de seleções,

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EMBATES INTERIORES

De todas as dezessete Copas para quais fui convocado, talvez seja essa a que tenha mais cara de sensações antagônicas. A começar pela sede. O Catar, pelas circunstância que “convenceu” a FIFA e pelas violações dos direitos humanos explícita merecia tamanho holofote? Por outro lado, não é importante saber que existem – e como existem – mundos diferentes do nosso, valores estranhos aos que se realimentam nas nossas bolhas? Ficamos

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Segundo jogo: A batalha contra o relógio Suíço

Queríamos um chocolate suíço, mas novamente o ferrolho se colocou na frente do goleiro Sommer. Os Alpes postados, bloqueando os caminhos dos jogadores verde-amarelos. O tempo passava. Os segundos do relógio Suíço se moviam pontualmente pelo campo de batalha. O tempo passava. Angústia, um lance aqui, uma pressão ali, o tempo passava, alterações – Rodrygo + Bruno Guimarães, um gol anulado do Vini Jr, angústia. Nunca havíamos ganho da Suíça

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Nada há de ser pleno nesta vida: nem o bem nem o amor

A plenitude é uma utopia. Nada haverá de ser pleno, pelo menos não nessa existência. Talvez por um milésimo de segundo se possa sentir o hálito da plenitude de um sentimento como a alegria, mas a precisão de sua lembrança é tão frágil e evanescente quanto a de um sonho bom. Na estreia da seleção brasileira, enquanto os fogos espocavam no céu verde e amarelo depois do segundo (e espetacular)

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UM TIME DE RESPEITO.

Imagem de 188361 por Pixabay Nos dois primeiros jogos da seleção brasileira, vimos apenas um time jogando: o Brasil. Não porque os adversários fossem fracos, nada disso. Tanto a Suíça quanto a Sérvia são seleções de respeito, que jogam uma bola redonda e que fizeram estragos nos torneios europeus. A questão é que o time brasileiro é muito bom, raramente vi uma seleção brasileira tão bem estruturada e atuando de

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ANARQUISTAS EM CAMPO

Em 28-11-2022 o Brasil se classificou antecipadamente para as oitavas de final da Copa do Deserto. Teve seus méritos, evidentes, especialmente por estar sem sua estrala maior, o Neymar. Mas, convenhamos, o jogo contra os pernaduras suíços pouco ou nada tem de empolgante. Devemos brindar com chocolate suíço e se tiver amigo suíço, vale um pouco de gozação – mas sem exagero. Antigamente ganhar de pernaduras era obrigação, mas os

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MILAGRE!

Final de jogo: Brasil 1 x 0 Suíça. Sem Neymar. Da minha sacada, vejo alguns vizinhos na rua. Estão alegres, se abraçam, riem. E de repente lembro que alguns são bolsonaristas e outros são petistas. Mas estão confraternizando! Semanas atrás se xingavam e agora se abraçam e comemoram a vitória da seleção. Milagre! Talvez seja essa a magia do esporte, principalmente quando se trata da seleção. “Todos ligados na mesma

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LGBT o quê?

O Joca me ligou dizendo que a mulher dele, a Sarita, estava viajando e convidou o Matogrosso e eu para assistirmos ao jogo entre Portugal e Uruguai, países simpáticos – um, colonizador nem tão querido assim e, outro, pequena província ao sul com quem mantemos laços afetuosos. A discussão era: torcer pra quem? Fiquei com o Uruguai sul-americano de gente afável caminhando na 18 de Julho, em Montevidéu, como se

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