A pseudo Argentina

Mascherano é o único bom jogador da Argentina. Messi é genial. Todos os outros são medianos, inclusive o Di Maria, que fez um golaço. É a pseudo Argentina. O Brasil da Copa de 2010. Sofrível vê-los jogar. O que há com a formação de jogadores de futebol na Argentina?

Na origem do primeiro gol da França, o zagueiro argentino, de inteligência mediana, decidiu atacar a bola controlada por Mbappé, camisa 10 e craque do time, um atacante veloz e habilidoso, que tinha espaço para exercer ambas as virtudes. Claro que faria pênalti! Não aprendeu ainda que, na última linha, bastaria retardar a ação ofensiva?!

O pseudo gol da Argentina no recomeço do jogo foi o primeiro e último do Mercado em Copas do Mundo. Para a Argentina, esse gol teria de acontecer no último lance do jogo. Com tempo, ainda que mínimo, os franceses virariam o jogo.

Não vi Jairzinho, o furacão da Copa de 70, jogar, excetuando os jogos desse mesmo torneio. Ele teria andado pela França no final da década de 1990? Mbappé poderia ser seu filho.

Na boa, esse treinador não tem nada a ver com a identidade da Argentina. A começar pelo cabelo. Aquele seu jeito bad boy não combina. Ele não é o Maradona.

A França venceu o jogo porque é muito mais organizada e insinuante. Por isso, aparece o talento de Mbappé. Futebol é interação. Que diga o Messi! Mas essa superioridade da França não é grande coisa numa comparação com los hermanos! Observo-os e penso: esse time teria “bolas” para ganhar a Copa? Não estão em casa. Não tem “La Marseillaise” a seu favor. Não venceram a Euro em casa. Esses e outros “não” me dizem que não devem chegar.

Careca como comentarista ainda é um ótimo centroavante. Ele disse, por exemplo, que não se poderia deixar o Mbappé virar. Não faz nenhum sentido isso! O atacante jogou de frente todo o tempo. Assim fez seus gols.

Os meus vizinhos coxinhas do prédio da frente torceram contra a Argentina. Se fosse a Venezuela soltariam fogos a cada gol francês e gritariam “mito, mito, mito”. Se fosse contra Cuba soltariam fogos, gritariam “mito, mito, mito” e trariam o Pixuleco.

No final do jogo, enquanto Mbappé dava entrevista, Griezmann, autor do gol de pênalti,
aproximou-se e disse: “Viva a França! Viva a República”! Os franceses, ao menos aparentemente, e diferentemente de nós, se orgulham da sua República.

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