Copa 2022

NORMALIDADES

Ganhar ou perder é normal. Ficar triste é normal. Xingar o Tite, o Neymar, a CBF é normal. Se indignar com o bife de ouro é normal. Achar que o bife de ouro é direito de fazer o que quiser com o próprio dinheiro é normal. Como é normal considerar ostensivo o ato dourado e sangrento diante de uma sociedade onde parte dela disputa osso no caminhão da carniça. Culpar

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POLICARPO QUARESMA PARA TÉCNICO DO BRASIL

O Brasil não se qualificou para as rodadas finais da Copa do Deserto e o pior de tudo é que não temos um culpado direto. A coisa ficou tão feia que nem um pobre judas nos restou para malhar… Podemos cobrar essa ou aquela atitude de um jogador ou outro, um equivoco ou mais nas convocações, mas nada determinante… Não existem culpados, ninguém para descarregar nossa frustração. Então, só nos

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Tragédia à brasileira

Tragédia à brasileira A Copa não trata do Sublime, do ponto de vista clássico, daquilo que possui intervenção divina. Mas vamos combinar que, na contemporaneidade, nada se aproxima de forma tão visível de uma narrativa do convívio entre deuses e homens. As grandes estrelas do futebol usufruem de toda glória, como heróis, ou semideuses, mas padecem da vaidade e do orgulho, o que, como sabemos, o deuses que deles cuidam

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Derrota no deserto

Acordei apreensivo na sexta-feira, 9 de dezembro, dia do embate entre Brasil e nada menos que a vice-campeã da Copa do Mundo de 2018, a encruada Croácia. A mesma que já fez parte da Iugoslávia, um ‘patchwork’ de nações e etnias reunidas sob a regência do marechal Josip Broz Tito. O retrospecto nos mostrava que a Iugoslávia tinha eliminado o Brasil em dois Mundiais, 1934 e 1954, e que a

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De repente, do riso fez-se o pranto

Bastaram alguns minutos para os torcedores brasileiros ficarem tristes. Quando vi meu vizinho e seus filhos chorando sentados na calçada, entendi melhor o que é ser torcedor. O garoto menor não se conformava. Acho que pensava: como pode ser isso? De repente, assim sem mais nem menos, o time do Brasil vai voltar pra casa? Acabou o campeonato? E a festa que estava programada para os próximos jogos? E a

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O XADREZ DA CROÁCIA 

A seleção croata derrotou o Brasil nos pênaltis e passou para a semifinal.  Em uma partida com alternâncias na dinâmica do jogo da seleção brasileira, os croatas parecem ter vencido mais por sua concentração e resistência mental do que propriamente por um jogo vistoso ou muito superior ao Brasil. O que parece ter faltado aos jogadores brasileiros, sobrou aos croatas, concentrados até o final da prorrogação e sobretudo nos pênaltis,

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Por que perdemos?

Porque a bola não é quadrada. Porque a Croácia se tornou um país independente. Porque faltou alguém ali naquele canto. Porque chutaram um gato. Porque o título não poderia chegar ainda sob o atual governo. Porque quem come ouro arrota capim. Porque deu-se um drible a mais. Porque a Croácia jogou com um goleiro. Porque as chuteiras foram feitas na Ásia para pés criados na várzea. Porque rimos da Alemanha.

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O moto perpétuo e o mito de Sísifo

É uma coisa tão velha quanto andar para a frente: se repetimos sempre os mesmos erros, como poderemos acertar finalmente? Eu sei, você sabe, todos sabemos. Todos? Bem, não parece. Fácil ser profeta do passado, mas desde o começo a coisa não cheirava bem. Um técnico discutível, no mínimo, refém (voluntário ou não) das muitas maquinações sinistras da CBF. Sinistra CBF, que pleonasmo. Convocações muito estranhas maquinadas por empresários (não

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Viva sua glória: se o milagre vier, você merecerá desfrutá-lo

Com os lábios lívidos de um pranto reprimido, minha filha de onze anos, que assistira à partida da seleção contra a Croácia no salão de jogos do prédio com a irmã e as amigas, entrou na sala do nosso apartamento e emendou: “Que decepção!”. Na TV, Neymar, depois de manter por uma eternidade perturbadora a expressão de incredulidade, desfez-se em lágrimas na íntima e pública descoberta de que o fim

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Quinto jogo: A batalha contra os “ses” croatas

E se Zico tivesse feito aquele pênalti em 1986? Se o Alemão tivesse feito a falta em Maradona em 1990? Se Zidane não usasse a 10 da França em 1998 e 2006? E se Dunga tivesse convocado aquelas joias do Santos em 2010? Se Zuñiga não tivesse quebrado o Neymar em 2014 (ou Borny, Camilla e Pedroca no “buxo” estivessem em BH contra a Alemanha)? E se fosse o Cássio

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