Copa 2018

No intervalo de uma Copa

Cabe empate, despedida, gol contra. Gente que fez a gente passar vergonha, texto mal compreendido, falta perdida, racismo, resgate na Tailândia. Cabe gol da Bélgica, feiticeiro da copa, canarinho pistola, bloqueio no facebook. Cabe esquenta com os amigos, festa junina, acréscimos na balança. Cabe Lula solto e Lula preso, Maradona muito louco, pernas do Cristiano Ronaldo, gritar até ficar rouco. Cabe crônicas da copa, jogo do Brasil no trabalho, ressaca

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Bye bye, Brasil! Glória da Bélgica? Não, da França.

Juro que fiquei relutante em escrever sobre o jogo Brasil e Bélgica. Não sei, mas talvez o medo de que o gosto amargo da derrota impusesse ao texto um tom que não fizesse parte das minhas intenções. Esperei alguns dias e eis que vejo o nosso algoz chorar em campo como choramos na última sexta. É o esporte. É a vida. Na sexta-feira, eu estava em um compromisso quando o

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Escapamos!

Assisti ao documentário “Biografia de Pelé”, feito pelos ingleses da BBC. Há depoimentos de ex-companheiros de time, como Tostão, Rivellino, Carlos Alberto, Pepe, Lima; de ex-craques ingleses, entre eles, Bobby Charlton e Bobby Moore; e, ainda, de jornalistas daqui e de lá. A certa altura, um jornalista inglês defendeu que o regime militar, do governo Médici, pressionou Pelé para jogar a Copa de 70. Depois da de 66, ele disse

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Parecia o Corinthians

Um amigo meu viu de dentro do campo e ficou emocionado, achando França x Bélgica um jogaço. Eu, daqui da geral, senti foi tédio. Me vi diante de uma daquelas partidas do Corinthians em 2017, quando o time de Carille ficava quietinho, dando a posse de bola pro adversário, fazia 1 x 0 num escanteio, voltava lá pra trás, e assim saiu campeão. A França tinha mais futebol que isso,

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A COPA DO MUNDO DA TAILÂNDIA.

Hoje tem Bélgica e França. O Brasil ficou de fora. Amanhã tem Croácia e Inglaterra. Os donos da casa ficaram de fora. A Copa da Rússia apresenta a originalidade como sua principal atração. Surgiram novos talentos. Os velhos ficaram de fora. Alguns caíram em desgraça. A Rússia se mostrou um país bonito. Surpreendentemente – ou circunstancialmente – alegre, festivo, de alto astral. Sua História de glórias e sofrimentos não foi

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Le futebol parle francês

Hoje, se quer um idioma que personifique o bom foot, eis que lhe há o francês. De la France ou de la Belgique. Equipes que se enfrentarão com afã, ali, num Maracanã qualquer, só o filet desse esporte. O escrete francês é como um buffet de craques: Griezmann, Pogba, Matuidi e, alô!, Kilian Mbappé, o grande frisson dessa competição. No outro menu, Mertens, Witsel, Cortois, e isso é só o

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Sou brasileiro na Copa

Dia seguinte ao acidente brasileiro na Copa diante dos diabos vermelhos, me pego quebrando a promessa de véspera. Estou, de novo, em frente à TV para ver jogo de futebol de Copa. O cadáver nem esfriou… É futebol. Tem brasileiro em campo. Vamos lá! Vermelhos em campo! Outros? Campeões do mundo? Nada! Mas a moda agora é saber sofrer e constatar que não há mais bobo na bola. Retórica. No

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Essa gente de colete que não gosta de futebol

Todo jogo de Copa do Mundo é assim: tem o campo com sua grama verdinha-nem-sempre e tem aquelas faixas brancas que demarcam o gramado. As mais importantes são as linhas de fundo e as linhas laterais que, olhem só, vejam vocês, elas impõem limites. Depois desse perímetro, a cinco metros do campo, tem os painéis dos patrocinadores, em LED, uma coisa chique de se ver: a FIFA depois da ADIDAS

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A gente acha o que eles querem que a gente ache

A gente não acha exatamente o que decidiu achar. É comum acharmos aquilo que uma equipe, uma quadrilha, um grupo, um governo, uma facção, uma corporação, querem que achemos. No futebol tem sido assim. Não basta ser craque de bola para ser o melhor do time, o melhor do país, o melhor do mundo. Entram muitos outros fatores, um verdadeiro bombardeio de comunicações até que todos nos convençamos de que

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Depois de Brasil e Bélgica

Foram tantos os dias de agitação, que o silêncio na caverna parecia bem maior que o habitual. Era noite ainda, mas saí para respirar. Pela primeira vez o ar frio lá fora era menos silencioso que o ar de minha caverna. Os morcegos que a compartilham comigo, tão agitados durante os jogos do Brasil, estavam imóveis, pendurados de cabeça para baixo numa imobilidade preocupante. Eu observava o brilho das estrelas

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