Não há favorito na final de domingo. Nenhum dos dois times é badalado a esse ponto. Seus craques não são pernósticos, individualistas e populares entre os adolescentes, como Neymar. Modric ou Mbappé devem ganhar o prêmio de melhor jogador.
Gosto da objetividade francesa. Contra a Bélgica, mesmo com menos posse de bola, chutou mais vezes no gol. Varane é seguro. Pogba tem feito grandes partidas. Griezmann honra a República.
Por outro lado, a Croácia é resiliente. Os croatas, isso sim, não desistem nunca! Contra a quadrada Inglaterra, souberam sofrer o jogo e, por isso, venceram. Os croatas, isso sim, são “mentalmente fortes”! Foi uma merecida vitória. Nenhum jogador croata maltrata a bola. Nenhum jogador croata se esconde. Por isso a sustentam e se mantém na disputa.
Na Croácia, o centroavante faz gol! Foi ele quem decidiu o jogo. Seu craque, Modric, joga para e com o time. Ele faz os outros jogarem melhor, inclusive. Deve ser admirado por isso. A Croácia, isso sim, mostrou a sua força!
A camisa quadriculada em vermelho e branco da Croácia encanta. Espero que a usem na final.
Disseram-me que a França leva vantagem por jogar mais descansada. Gostamos de reduzir. Nesse caso, o futebol a uma manifestação física. Discordo. Poderá levar alguma vantagem quem souber lidar com as intempéries do jogo. Ou seja, quem, naquele dia, alcançar maior harmonia entre as manifestações do rendimento esportivo – emocionais, cognitivas, gestuais e físicas. Tudo imbricado. O desempenho é o resultado dessa interação. Mas não há garantias. De fato, o acaso decidirá o jogo.
A sorte está lançada.