Como muitos sabem, Khaby Lame é o nome daquele jovem senegalês que se tornou um fenômeno do Tik Tok e da internet sem dizer uma palavra sequer! Fenômeno e milionário, diga-se de passagem! Por isso hoje ele é o motivo de minha inveja (inveja do bem…calma lá!), pois para causar uma ínfima parte da comoção que ele causa eu tenho que gastar todo o meu parco repertório lexical e mais, para quem sabe, ter umas cinco ou seis curtidas em meus posts. Não importa, cada qual em seu quadrado, diria talvez o sábio do boteco mais próximo.
Bom, escrever sobre uma Copa do Mundo de futebol no Catar (ou Qatar, ou Katar, valha me Deus!) já parece uma piada pronta, não? Imagino se eu tivesse o dom de voltar no tempo e conversar com aquele molequinho de 12/13 anos de idade que eu já fui, meados da década de 70, peito inchado de orgulho pelo Tri do México, prestes a ir para a Copa da Alemanha! Alemanha, mano! Depois a Copa de 78 da Argentina, roubada na mão grande e na cara de pau dos Hermanos, mas Argentina, Hermano! 82? Espanha, muchacho! Esqueça o desastre do Sariá, tínhamos Tite e um monte de craques, atacado e varejo! Em comum, todos estes lugares tinham tradição no futebol e torcidas fanáticas. E assim foi na Itália, Alemanha de novo, México (com la mano de Dios do Maradona), não estou respeitando a ordem cronológica, mas não importa: a ideia aqui é mostrar que com a exceção dos Estados Unidos em 94 (onde buscamos o tetra naquela dramática cobrança de pênaltis contra os italianos), todos os países sede eram praticantes do esporte e assíduos nas Copas. Depois a coisa degringolou um pouco: vieram Coréia do Sul e Japão em conjunto (boas lembranças do penta!) e África do Sul. Prefiro omitir o local e as circunstâncias traumáticas do Copa realizada em certo país da América do Sul em 2014! Mas, não importa, nada consegue nem chegar perto do Catar em termos de absurdo, a começar pela época do ano, em vez dos tradicionais meses do meio do ano (e verão no hemisfério norte) temos uma Copa do Mundo em…novembro! Cruz Credo!
Mas deixemos de ser preconceituosos. Lá tem muita mulher bonita, cerveja a vontade, os ingressos são super baratos, o povo hospitaleiro e conhecedor do futebol e.…será? Parece que não. Países muçulmanos não dão muito espaço às mulheres. Nem tampouco pode-se beber em público. Os ingressos custam os olhos da cara! Bom motivo para investir naquela TV de tela grande de 4 K, ou quem sabe até um projetor de boa resolução. E ajeitar o corpo no sofá, preparar a pipoca e a cerveja (aqui pode), quem sabe chamar os amigos para aquele churrasquinho (ainda sem picanha, mas parece que logo isso muda) e torcer. De preferência para a selecinha do Tite, mas que não me ouçam por aí, bem que o Messi está merecendo ganhar um caneco também, justiça para o maior das últimas décadas. Ou quem sabe até o simpático Cristiano Ronaldo. Ou a Itália, sou oriundi – pera aí – a Azzura não se classificou! Xii….dedos cruzados vamos torcer por uma boa Copa. A gente se vê!
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Cezar Fittipaldi
Escritor diletante, ourinhense de nascimento e coração, professor de escola pública, ex-empresário, eterno sobrevivente nesse país de desafios, encara a vida como uma gigantesca obra literária em tempo real. Seu esporte favorito é o automobilismo, gosta de basquete, atletismo, natação e o futebol já foi mais apreciado. Já assistiu a numerosas copas do mundo, todas pela televisão, e torce comedidamente pelo time do Brasil, sabendo separar ufanismo e nacionalismo de amor ao esporte.
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