Copa 2018

FIRMINO E OSÓRIO.

Pelas décadas de 30, havia um peão boiadeiro na fazenda do meu avô, nas fronteiras indefinidas entre Minas, Espírito Santo e Bahia, de nome Firmino. Era um caboclo forte, de sorriso reluzente, mas nem sempre estava na linha de frente de levar boiada pra lá e pra cá. Ficava pelos flancos da manada, tocando as reses com berrante ou gritos de ôs, ôs, ôs. Mas quando um boi se desgarrava,

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Pão pão, queijo queijo

O bom do mata-mata é que cessa o cai-cai, não tem mais aquele agarra-agarra dentro da área, é a hora do pão pão, queijo queijo, e e já já você vê quem veio a passeio e quem veio pra ficar. Dá pra ver que o jogo do Brasil me deixou gaga, quase gagá, tatibitate, pois gritei muito e só não aderi ao oba-oba porque não gosto nada nada disso. Mas

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A bússola brasileira

O México jogou os primeiros 15 minutos contra o Brasil como um time que pretendia vencer: se passamos pelos alemães, por que não passar pelo Brasil? Mas o jogo tem 90 minutos e o Brasil não é a Alemanha. Vê-se que seu treinador, Osorio, treinou esse time. Os jogadores sabiam o que fazer. Durante 15 minutos. Perigosos no jogo de transição, mas frágeis em organização ofensiva. Vela é excelente. O

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Coração Mole

Coração mole Netos. Ah os netos. Fazem a gente fazer cada coisa que até Deus duvida. Sempre fui corintiana, sabe como é, marido corintiano, irmão corintiano, o que me restava? Ser corintiana. Até nascerem os netos. Influenciados pelos pais, se tornaram palmeirenses. Fanáticos. Coração de vó amoleceu e assim, sem mais nem menos, me vi torcendo para o Palmeiras. Confesso que tive crises de identidade. Como assim, eu, que sempre

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Cai, México

Vamos combinar. Cai, cai mesmo é o México. Os caras nem entraram em campo e já sabiam que iam cair. Desavisada, a torcida mexicana começou a gritar “olé”, aos 6 minutos de jogo. Como? Olé? Aí o tempo foi passando e los cucarachos caíram na real. Pediram mais uma tequila, um taco, um chili, e perceberam que a coisa não ia ser guacamole assim. E perceberam que pimenta no deles

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Schadenfreude!

O futebol é o esperanto que deu certo. E isso é lindo. Até porque alguns idiomas tem palavras e expressões intraduzíveis de forma direta ou compreensível para os outros países. Assim como “saudade” só existe no Brasil – com tradução aproximada, mas sem o sentido completo em outras línguas – no alemão também existe uma palavra com significado ainda mais proprietário e específico: “schadenfreude”. Poderia estar no cardápio: joelho de

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O método Thiago Silva

Não sei por aí, nas suas redondezas, mas por aqui houve quem dissesse que o Thiago Silva não merecia estar na Copa. Que ele devia ter sido banido da seleção (e do planeta) pra todo o sempre, junto com todas as 23 criaturas + membros da equipe técnica que pisaram em campo no 7 x 1. Afinal, onde é que já se viu um perdedor desse tamanho ter a chance

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Mas eu nem sei falar russo!

Imagino que o treinador russo não teve dúvida em marcar baixo a Espanha. Deve ter dito aos jogadores que o time espanhol toca, mas não agride. Que jogariam no contra-ataque. Contra-ataque? Ora, os espanhóis raramente perdem a bola e, quando isso acontece, se recompõem velozmente e com qualidade, seja atacando a bola ou retardando o ataque. Dois dos principais hábitos táticos defensivos treinados por quem joga muito no campo adversário.

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Último tango em Paris

O Tango é platino. Mas foi em Paris que se popularizou. Depois voltou. E fez sucesso na própria Argentina. Um, dois. Um, dois, três e quatro. Compasso sincopado. Difícil explicar, melhor sentir. Teve dança. A música começa para Argentina e França. Mbappé e Griezmann. Messi, DiMaria, Pavón, Mascherano. França organizada. Argentina tentando, só na vontade. Mbappé rápido. O zagueiro lento, comete pênalti. Bola na rede. A argentina força, correndo atrás.

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Se eu fosse o Messi…

…hoje eu não passaria nem perto dos tristes tangos de Gardel nem das sofisticadas e modernas harmonias de Piazzolla. Se eu fosse o Messi, hoje eu levantaria os olhos para enxergar um país que fugiu dos ventos glaciais, se aconchegou no calor solar e criou um ritmo espalhafatoso – usado, em geral, como subterfúgio de sobrevivência. O Brasil pode perder do México, se lamentar por algumas horas e, logo, sem

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