O espaço aqui é de crônicas. Mas, na estreia do nosso esquadrão, mando-lhe um recado através de um soneto.
Ele é dedicado ao amigo, o cronista Ruy Castro. Ao ler recentemente meu novo livro Poesihahaha, ele me desafiou a fazer um outro só com sonetos.
Este é o primeiro da lista.
Vai lá, Brasil, mas vai de salto baixo. E, de preferência, sem botox.
SONETO VAIDOSINHO
A Ruy Castro
No fatídico dois mil e dezoito
Desastroso ano em inúmeros nichos
Político, econômico, etcetera,
Também note-se agora o futebol
Os tais craques que ganham burras de ouro
E deviam portar-se como exemplo
De retidão, dentro e fora do campo,
Hoje são os devotos do maneirismo
A vaidade supera qualquer coisa
A egolatria vai comendo solta
Quanto mais chegam perto de Moscou
Sem falar que esses novos mercenários
Esquecem totalmente a bola e o gol
Se veem à frente um cabeleireiro.