Nem sempre a defesa é o melhor ataque. É só defesa, mesmo!

Na Copa do Mundo nem sempre a defesa é o melhor ataque, vamos trocar esse discurso feito pra boi dormir. Defesa é defesa e a Islândia sabe muito bem disso, marcação dobrada o jogo todo, todo tempo esse jogo estudado, pensado, esse jogo estratégico, vamos fechar o gol e pronto e é isso mesmo, tem favorito, sim, mas sai pra lá, a gente quer é fazer história, na nossa área ninguém entra, nem com chuteira de ouro, chuteira de prata, chuteira que reluz a gente marca com dois em cima mais um pra cortar o passe.

Com todo um time fechado na grande área, na área de defesa, o contra-ataque, cadê? Cadê o homem do meio para receber a bola interceptada e levá-la até o outro lado do campo, o homem que arma aquilo que o outro desarmou? Não, não importa! Hoje a aula é sobre essa defesa fechada, esse bloco que não se atravessa nem com reza brava, vai tentando aí, hermano. Vai ouvindo também, nosso time está muito bem treinado, está focado, é um time que defende e não ataca, que não inverte, mas é um time joga sem dar espaço, aqui você engasga, tropeça.

Aqui o chute não alcança, vai tentando. Aqui, quando dá tudo errado, é o goleiro que chega para deixar tudo bem claro, para por os pingos nos is, aqui a bola não passa mais não, é melhor aceitar aquele gol de antes, e só!, a gente empatou depois, lembra?, foi o ataque que abriu a defesa, não a nossa, a nossa não abre, a nossa nem respira, exceto as cãibras, e já chegamos aos 85 minutos, isso não é brincadeira, é papo sério, é a nossa Copa do Mundo.

E treinamos, viu? E muito. Quatro anos. Apuramos enquanto equipe. Quatro anos. Preparamos nossos físicos. Quatro anos. O fato é que, quem não tem cão, caça como gato. Quatro anos. Ou você acha que foi zebra? Quatro anos. Foi tática mesmo, e muito estudo. Quatro anos de muito trabalho. E a gente conseguiu. Quatro anos. E a gente conseguiu. E você sabe por quê?

Porque, no futebol, nem sempre a defesa é o melhor ataque. É só defesa, mesmo!

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Parabéns à Islândia e sua estratégia de fechar o gol contra a Argentina na Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Manter uma marcação dobrada até o fim do jogo requer muito esforço físico, muita concentração e muita coragem.

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