Não há nenhuma grande seleção nessa fase da Copa. E também não houve. Alemanha, Espanha e Suíça, que saíram, são times medianos tanto quanto Croácia, Uruguai e Inglaterra, que ficaram. Brasil, Bélgica e França são bons. Mais estéticos ao menos. Por ter Neymar, o Brasil é melhor. Ele não é o único craque. Mas é o único que desequilibra.
A Bélgica ganhou uma vida ao vencer o time japonês. Ippon. Os orientais não têm do que se envergonhar. Eles são técnicos e disciplinados. Mas não sabem competir. A Colômbia não teria perdido para a Bélgica. Teriam feito o diabo! Basta ver em que termos negociaram com os ingleses: o English Team serviu chá e puxou a cadeira. Os colombianos não sentaram e arrotaram bem alto. Os ingleses disseram “Oh, my God!”. Os colombianos tocaram um “foda-se!”. Eles tomaram 6 cartões amarelos e fizeram 26 faltas! Duas atitudes que não se levam para os pênaltis.
Acredito que a seleção campeã sairá do lado do Brasil. Não apostaria em Croácia, Russia, Suécia ou Inglaterra. Mas se trata de jogo e, por isso, a sorte está lançada. 50% de tudo nessa vida é acaso.
Fiquei com uma má impressão de Tite na entrevista após o jogo contra o México. Perguntado sobre o nível de desempenho do Brasil, passou a impressão de que a equipe teria ainda o que evoluir. Não acredito nessa linearidade que ele prega. O próximo jogo pode ser o último. O futebol e o universo não são lineares.
Um aluno me pediu uma crônica sobre a geração belga. Investiguei e descobri que ela não venceu nada. Sua invencibilidade tem o mesmo peso da linearidade proclamada pelo Tite. Nenhum.