BOTARAM A BRAÇADEIRA NO HOMEM!

Tenho lá minhas implicâncias com o Adenor. Seu jeitão de coach-palestrante de autoajuda, seu caminhar pela beirada do campo que me lembra um marreco manco e, mais do que tudo, as suas escalações.
Mas hoje, confesso, fui agradado. A coragem de, não só escalar, mas botar a fixa de capitão no braço do Dani Alves me caiu como um recado bem dado. Já defendi aqui a minha preferência por um lateral direito de carreira (no caso dele, aliás em duplo sentido, porque o homem voa em campo), que nos dê segurança e ainda faça a ligação direta com os centroavantes. Mais ainda porque foi alvo de preconceito quando foi relacionado entre os 26 jogadores. Nas redes sociais, vi comentários que mais pareciam agressões do que meras discordâncias técnicas. Chamaram o homem de ex-craque em atividade, disseram que ganhou uma viagem de turismo grátis e outras pedradas desse nível.
Tomo as dores, sim. Claro, sou suspeito nessa temática, talvez porque eu seja, vá lá, um ex-publicitário em atividade. Mas achei demasiadamente ofensivas as críticas ao atleta, que mesmo estando ligeiramente inativo há alguns meses, se aplicou bravamente aos treinos e, tenho certeza, vai surpreender seus críticos, em campo, logo mais.
É uma aposta, claro. Futebol é o que acontece quando a bola rola. Mas acredito no Dani Alves, que vai me representar no gramado, carregando com ele o nosso orgulho de, apesar de avançados na idade (ele, aos 39, para o esporte, eu, aos 70, para a vida), podermos estar em plena atividade profissional e ainda por cima mantendo a nossa relevância e utilidade.
Bora, Dani. Mostra pra eles!

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