Uma coisa é certa: Dia 02/08/2023 pode ficar marcado como o dia da frustrante eliminação da seleção feminina na primeira fase da Copa ou o dia da comemoração pela classificação misturada com um ar de preocupação pelas próximas adversárias. Não tem pra onde correr, agora o bixo pega!
Até a semana passada nosso melhor cenário era vencer ou empatar com a França para garantir a ponta do grupo e fugir da Alemanha no mata-mata. Mas a lógica do “adversário mais fácil” não faz mais sentido porque a outra alternativa é enfrentar a maior surpresa da competição: as hermanas colombianas da craque Linda Caicedo, que ensaia ser a próxima grande estrela do futebol feminino.
Só temos uma saída, em meio às pedras do caminho: Pia tem que colocar Marta em campo, porque as oportunidades que ela recebeu até o momento não são compatíveis com a sua importância.
Como disse a cronista Milly Lacombe, a Marta não pode entrar em campo, como foi no jogo contra a França, faltando 10 minutos em um pacotão de 3 substituições. Ela merece mais respeito e cuidado pra entrar no jogo. Afinal, é a Marta, né gente?
Também concordo com Renê Simões, ex-técnico da seleção feminina, que disse que a Marta tem que ser utilizada assim como o Messi jogou com a Argentina no Catar. Porque, mesmo longe da forma física ideal, ela pode ficar pertinho do gol colocando temor e exigindo atenção dobrada das adversárias, exercendo liderança ou sendo fatal numa finalização.
Se Pia tiver coragem e ousadia não vai correr o risco de fazer Marta ser eliminada precocemente em seu último mundial, assistindo a partida do banco ou entrando num pacotão faltando cinco minutos pra acabar. Ou mesmo perder a oportunidade de colocar a Rainha no time pra dar ritmo de jogo antes das oitavas.
Seja enfrentando a tradicional Alemanha ou a surpreendente Colômbia, da craque Caicedo, o Brasil equilibra os confrontos se Marta estiver dignamente em campo. Por isso, a chance de lamentar ou sorrir na próxima quarta será revelada desde a escalação.
Com Marta no banco já saímos perdendo, mas com ela em campo, desde o início, a probabilidade de vitória aumenta. Então, essa é a melhor hora pra Marta estrear de vez neste Mundial. Basta saber se a Pia também concorda, caso contrário…
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Michel Yakini-Iman
Michel Yakini-Iman é escritor. Nasceu em São Paulo e atualmente vive em Itanhaém-SP. Autor de Na medula do verbo (crônicas, 2021), Amanhã quero ser vento (romance, 2018), Acorde um Verso (poesia, 2012) e Crônicas de um Peladeiro (2014). Colaborou como colunista no portal Na Galera Futebol Clube, dedicado ao futebol de várzea de Salvador-BA em 2021.
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