Em casa, Pelé era um nome proibido. Meu pai, corintiano fanático , simplesmente o detestava. Na época, só dava Santos. Havia um programa de TV chamado Miss Campeonato e quem ficava com ela no final era quase sempre o Peixe Santista.
Fora desse contexto, aprendi a admirar o atleta em campo. Só isso. Fora dele, nem tanto.
Lembro que, uma vez, no rádio, a entrevistadora foi a uma loja de artigos infantis e perguntou à dona se ela não poderia doar aquele berço lindo à filha /filho do Rei, que estava pra nascer.
Resposta da dona:
_Eu não. Ele é rico e pode comprar!
A repórter literalmente ficou sem fala.
Assim, creio que nem todo o mundo amava Pelé.
Talvez a Xuxa, um escândalo transformado em romance. Que deu certo. Pelo menos, ela se projetou e seguiu com talento a sua carreira.
Mas nada disso tira o brilho do jogador. Nem vai apagar a memória de sua genialidade em campo. Meus mais sinceros votos para que a alma de Edson Arantes do Nascimento drible caminhos e encontre finalmente a paz, depois de uma vida atribulada onde nem tudo foram flores!