Coração Mole

Coração mole
Netos. Ah os netos. Fazem a gente fazer cada coisa que até Deus duvida. Sempre fui corintiana, sabe como é, marido corintiano, irmão corintiano, o que me restava? Ser corintiana. Até nascerem os netos. Influenciados pelos pais, se tornaram palmeirenses. Fanáticos. Coração de vó amoleceu e assim, sem mais nem menos, me vi torcendo para o Palmeiras. Confesso que tive crises de identidade. Como assim, eu, que sempre fui alvinegra, me tornei uma alviverde? Aos poucos fui me acostumando com essa nova realidade.
Para falar a verdade não entendo nada de futebol. Tiro de meta, escanteio, impedimento, são coisas tão complicadas para mim como por exemplo, o fax. Nunca entendi como digitar um texto na minha casa, em São Paulo, Brasil e o bichinho chegar na China. Assim é com o futebol. Não adianta tentar me explicar, só entendo gol, pênalti e falta. Thats all.
Adoro Copa do Mundo. Sofro em todos os jogos, detesto mata-mata, prorrogação, decisão por pênaltis. Pior, morro de dó daqueles que voltam para casa.
E hoje fomos nós que corremos esse risco.
Gosto de assistir sozinha aos jogos do Brasil. Nada mais irritante do que os comentaristas de plantão, os críticos, os donos da verdade, durante o jogo. E hoje Neymar mostrou a que veio, calando a boca dos chatos de plantão. Firmino não precisou de cinco minutos para completar o
lance de Neymar. Coutinho, o bonitinho, não decepcionou e Casemiro está fora no próximo jogo. Pena. Nos livramos da prorrogação, nos livramos dos pênaltis. Ufa!
Eu, que não entendo nada de futebol e adoro copa do mundo, arrisco: foi um jogão!
Antes eles do que nós. Mas fiquei com dó dos mexicanos, fiquei sim, se fiquei. Eta coração mole esse meu.

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