Ela, que sempre foi elegante e arrogante, sentia agora uma dor, uma coisa que não sabia se era sinusite ou estomatite. Talvez labirintite, pois a deixava cada vez mais tonta. Tinha certeza de que não era otite, pois esse problema era de sua vizinha de porta, amiga em tantos momentos e rival em inúmeras disputas.
Fosse peritonite, rinite ou nefrite, ou mesmo uma trombada numa imensa estalactite, estalagmite, fosse o que fosse, ela saiu de campo desconjuntada, como se tivesse levado um chocolate de 71%… Não, nem tanto, esse recorde sua vizinha guardava pra si; mas que doeu, doeu. E não adianta pôr a culpa no Caballero de fina estampa, pois a forma era para mais.
Don’t cry for me, Argentina. O jogo da Islândia amanhã contra a Nigéria é que dirá se haverá ou não futuro para Sampaoli e seu comandados sem rumo. Pelo jeito, só mesmo as forças do além para levar a tempo à Rússia o futebol argentino, que por lá ainda não apareceu. Lembrando que a classificação dos hermanos se deu aos 45 do segundo tempo na eliminatórias, no único jogo em que Messi, de fato, foi Messi. Ao contrário do CR7, mas isso é outra história…
Pra finalizar, quero contar pra vocês que fui crítica de teatro durante 18 anos da minha carreira, fui atriz amadora, assisti a encenações familiares e profissionais e vida toda, e nunca vi tanto canastrão como nesta Copa do Mundo. A gente critica o Neymar, mas as atuações das vítimas de faltas reais ou simuladas andam péssimas. No Catar, em 2022, sugiro que se institua um troféu framboesa de pior ator. A concorrência vai ser emocionante.