De fins e recomeços

Encerrei minha participação entre os cronistas da Copa do Mundo de Futebol 2018 neste projeto hoje retomado com a citação de uma música (Era só começo o nosso fim), ansiando pela edição seguinte daquele certame, no Catar 2022, sem ter ideia de que um ano depois estaríamos todos de volta, e com motivação inimaginável até então. É que nunca, até hoje, a Copa do Mundo de Futebol Feminino (Fifa WWC) havia ocupado nosso tempo, nossa mente, nossos olhos, como esta que estreou no Parc des Princes.
Até hoje. Porque agora tudo mudou. O mundo mudou, as mulheres mudaram, e foi-se o tempo em que uma mulher tinha que provar que entendia de esporte ou que sabia jogar bola.
Quem viu o que as francesas fizeram hoje em campo contra as fracas sul-coreanas sabe do que estou falando. Pra usar um chavão, “física, técnica e taticamente” a mulherada não deve nada a ninguém. Nada de futebol fraco, chato ou ingênuo. Jogo bem jogado, atletas com recursos, lances de beleza e emoção fizeram o que era preciso para conquistar o telespectador (todo e qualquer) e cativá-lo durante o mês que durará o torneio.
O Brasil só entra em campo domingo, mas as atrações diárias, com cobertura inédita pela TV, sites, blogs e todos os meios conhecidos, não deixarão na mão os fanáticos. Tem competição, competitividade, ação e emoção sem fim.
Volto então aos títulos da crônica de despedida do ano passado e deste ano. Era só começo o nosso fim nada tinha de bola de cristal, mas lincou, sem saber, os campeões do masculino 2018 e as vitoriosas na abertura do feminino 2019. As anfitriãs vieram com tudo, um timaço, cheio de futebol e de vontade. Querem, nesta oitava edição da Fifa WWC, ganhar um título inédito. São fortes candidatas a isso. Mas é bom não subestimar o restante da mulherada. São 24 seleções, uma inclusive com a melhor jogadora de todos os tempos, a nossa top Marta.

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