Enfim, um mundial de clubes de verdade. Ou quase!

Como palmeirense relapso, se ganhasse um real a cada vez que, ao revelar meu time do coração escuto a (sem graça) piadinha “mas o Palmeiras não tem Mundial”, estaria rico. Bom, talvez não rico de verdade, já que o real não anda valendo muito por estes dias, mas remediado. E, remediado me parece ser esse Mundial de clubes, porque, sinceramente, para ser um mundial de verdade, faltam alguns pesos pesados do futebol, times com muito peso em seus respectivos países. Agora, me respondam, quem é o Mamelodi? Ulsa HD? Seatle Sounders? Já pensou se uma gigantesca zebra ocorre e temos uma dessas potencias como campeão? Impossível agradar a todos, diriam alguns, e eu concordo.
Sempre fui crítico do “mundial” anterior, onde por critérios meio obtusos, meia dúzia de times ia a algum país exótico em termos futebolísticos (Japão ou Catar, por exemplo) e disputavam poucos jogos e, pimba! Temos o campeão mundial. Sem querer me desfazer de outros, isso não é mundial de verdade. Sou um adepto à teoria, por exemplo, de que é muito mais difícil ganhar o campeonato brasileiro, do que o campeonato espanhol, se você não for o Barcelona ou o Real Madrid. Ou o inglês, ou o italiano, o francês. Mas, isso é papo para outra crônica.
Voltemos ao atual mundial. Uma coisa, não é possível negar: chovem dólares. E isso, talvez seja o fator que, eventualmente vai acabar valorizando mais e mais este formato, que deve ser aperfeiçoado nos próximos anos, especialmente no que se refere à escalação dos clubes participantes. O dinheiro move o mundo, como já descobriram os americanos, promotores de verdadeiros espetáculos esportivos fantásticos, vide NHL, NFL e a rainha NBA. Há alguns anos que a Libertadores, e subsequentemente a Sul-americana, passaram a ter muita importância para os times do Brasil, que passaram a dar maior importância aos torneios e os venceram, não por acaso, quando as premiações aumentaram substancialmente.
Escrevo estas modestas antes do jogo do Palmeiras no domingo. Parece que há um tabu para ser quebrado pelo Abel Ferreira que nunca venceu o adversário de hoje, o Porto. Tabus existem para serem quebrados, oxalá esse caia hoje. A situação nos EUA não anda muito normal, agitações, protestos, assassinato de políticos, restrições. Estive por lá estes dias e percebi um clima meio estranho. Espero que os torcedores saibam se comportar e não causem problemas ainda maiores.
Agora é esperar. E torcer para que tudo corra bem e que o esporte que tanto amamos venha a se beneficiar em escala americana e global. Sairemos então, todos vencedores!

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