Esta crônica, celebrando a vitória do Fluminense contra o Inter de Milão, poderia ser escrita tendo como trilha sonora aquela canção de Adriana Calcanhoto cantando que “Cariocas são bonitos, cariocas são bacanas/ cariocas são sacanas […]. Cariocas nascem bambas, cariocas nascem craques…”
*
Devo dizer que, embora mineiro, futebolisticamente falando, sou carioca. Pois sou daqueles velhos mineiros do Sul de Minas, crescido na década de 1950, ouvindo jogos do Vasco pela Rádio Nacional. Ressentido por não ver o Vasco nesse campeonato mundial, fiquei de olho nos cariocas.
*
Claro, adorei ver o rival rubro-negro levar a sova do Bayern, mas queria que fosse 7×1. Achei justa a eliminação do Botafogo, ainda mais que quem fez o gol do Palmeiras foi cria nossa, o Paulinho. Hoje foi a vez de ver o último dos moicanos, o Fluminense, cujo Cano fez o Inter entrar pelo mesmo, ainda mais sofrendo mais um trabalho de Hércules.
*
Nelson Rodrigues diria que desde a arca de Noé estava escrito que o Fluminense ganharia essa partida. Mesmo se o jogo tivesse mais 37 horas, a Inter não marcaria um único gol. E o Nelson ainda diria que a trave do gol do Fábio está balançando até agora, balançando mais que os costumeiros terremotos da Califórnia.
*
Fábio, o velho Fábio dos tempos do Vasco e do Cruzeiro foi o grande nome do jogo. Ele influiu na vitória, garantiu que o jogo fluísse, agradou a turma que afluiu ao estádio. Possibilitou eflúvios de glórias dos quis o rival não teve nem o cheirinho.
Compartilhar:

Caio Junqueira Maciel
Caio Junqueira Maciel nasceu em Cruzília, MG. É mestre em Literatura Brasileira pela UFMG. Autor de vários livros de poemas, entre eles, Pele de Jabuticaba, Os sete sábios da Grécia & outros poemas safados e Igrejinha do Rosário (Urutau & Hecatombe). Contista de Cartões de crédito para gastar no inferno (Urutau Hecatombe), Micros-Beagá (Pangeia). Romancista de Um estranho no Minho (editora Viseu). Ensaísta de A escritura do tempo na poesia de Dantas Mota (Appris), O sangue que rejuvenesce o conde Drácula (Caravana). Participou de várias antologias de poemas e contos, entre as quais Jovens contos eróticos (editora brasiliense); Entrelinhas, Entremontes: versos contemporâneos mineiros (Editora Quixote)Todos os Saramagos (Páginas editora) Letrista musical, tem parceria com Zebeto Corrêa nos CDs Trilhas da Literatura Brasileira, Recados de Minas e Era uma voz: sonetos só pra netos. Em 2022 publicou o livro de crônicas Dia das mãos (editora Urutau) e lançará brevemente, para a coleção BH: a cidade de cada um, o livro Floresta(ed. Conceito).
Todas as crônicas do autor
Curta nossa página no Facebook e acompanhe as crônicas mais recentes.
Crônicas Recentes.
Caio Junqueira Maciel
30/06/2025
Joca
27/06/2025
Caio Junqueira Maciel
24/06/2025
Caio Junqueira Maciel
20/06/2025
Cezar Fittipaldi
15/06/2025
Fátima Gilioli
27/08/2023
Joca
22/08/2023