E se Zico tivesse feito aquele pênalti em 1986? Se o Alemão tivesse feito a falta em Maradona em 1990? Se Zidane não usasse a 10 da França em 1998 e 2006?
E se Dunga tivesse convocado aquelas joias do Santos em 2010? Se Zuñiga não tivesse quebrado o Neymar em 2014 (ou Borny, Camilla e Pedroca no “buxo” estivessem em BH contra a Alemanha)?
E se fosse o Cássio no gol contra a Bélgica em 2018? E se Neymar não tivesse se machucado contra a Sérvia no primeiro jogo da Copa do Mundo de 2022? E se o Japão tivesse tido coragem nas oitavas de final em 2022?
O “ses” não mudam o mundo. Não acabam com as guerras. Não transformam o ser humano.
Os “ses” não mudam o resultado da partida. Não fazem a bola entrar. O futebol é bonito por isso. O futebol é muito cruel por isso. Nem sempre quem jogou melhor sai vitorioso.
O Brasil sofreu o primeiro contragolpe na Copa do Mundo de 2022, faltando cinco minutos para a prorrogação terminar. A Croácia deu um chute e o Brasil tomou o gol. Perdeu nos pênaltis.
E se fosse o Renato Gaúcho no lugar do Tite? Se a bola não tivesse desviado no Marquinhos? E se fosse o Weverton ali debaixo das traves?
E se o Modric fosse da Silva? Se camisa quadriculada vermelha e branca fosse apenas uma toalha de piquenique? E se o goleiro da Croácia fosse outro?
E se a Croácia não fosse a Croácia?
E se os culpados fossemos nós mesmos que não seguimos todos os rituais ou que deixamos de cumprir aquela promessa de não comer chocolate?
Os “ses” ficam apenas no nosso imaginário.
Os “ses” não fazem a gente dormir em paz ainda mais quando acordamos do sonho de enfrentar a Argentina naquele que seria o maior jogo de todas as Copas.
Os “ses” deixarão difíceis os últimos jogos da Copa dos contrastes.
Mas os “ses” nos levarão a sonhar com o HEXA novamente em 2026.
Se Deus quiser!