No meio da insensatez humana que vivemos, teve gente torcendo para que Neymar se machucasse. Outros, comemorando a lesão como se fosse gol.
Odiamos tanto o Neymar, porque ele é cai-cai. Porque ele declarou voto. Num cenário político polarizado, ele é fruto de tudo que vivemos nos últimos 30 anos de Democracia. Dos impeachments, da reeleição, do mensalão, das rachadinhas, do antipetismo. Dos protestos da Copa das Confederações em 2013, quando manifestantes bradavam “Não vai ter Copa!” e das vaias que a presidente recebeu na abertura da Copa-2014.
Ele é fruto dos 51% contra os 49%, sem esquecer daqueles que sequer votaram. Neymar é fruto da nossa insensatez humana. Ele é o resultado do nosso próprio ódio pelo próximo.
Passe em frente a qualquer escola das esquinas deste país. Pergunte àquela criança, pueril e inocente, claro!, quem é seu ídolo: Neymar!
Só odiamos quem nos incomoda. Quem incomoda aos outros. Quem incomoda a si mesmo. Aquele que pensa diferente daquilo que acreditamos. Amamos odiar Neymar Jr.
Este é Neymar Jr, goste ou não dele. Do seu jogo, da sua posição política, dos problemas com o Fisco, da sua vida pessoal. Com Bruna ou sem Bruna.
Realmente, ainda estamos muito longe do Amor vencer o ódio.