Desculpas

Talvez seja desonesto escrever uma crônica sem ter assistido ao jogo final. Tenho uma desculpa que não vale a pena compartilhar e tenho também desculpas por ter perdido a disposição em acompanhar a Copa. Depois da derrota brasileira, até tentei redirecionar meu ânimo para as japonesas destemidas e as colombianas vizinhas. Não deu certo. O Japão perdeu da Suécia e as colombianas na virada da Inglaterra. Que pena! Com as semifinais definidas, escolhi a Austrália só pra sair dos três outros europeus, mas o país sede perdeu da Inglaterra (ela de novo) então foi disputar o terceiro lugar e perdeu da Suécia.

Na final contra o país que estragou duas vezes minhas torcidas substitutas, ficou fácil preferir a Espanha. Dessa vez, a escolha deu certo, mas poderia não dar e se desse haveria também uma boa desculpa. O país, que perdeu por quatro a zero do Japão na fase dos grupos, não fez uma campanha brilhante bem como não mostrou um trabalho coletivo do jeito que a gente gosta de ver. A Espanha chegou à Copa com um histórico de brigas com o técnico, punições pelo abaixo assinado pedindo a sua saída e doze das jogadoras que costumam treinar juntas não convocadas. Mesmo assim, acabou vencendo porque tem talentos individuais, veio melhorando ao longo do campeonato e fez o mais importante que é jogar bem e com vontade uma final.

Parabéns às espanholas. Sem desculpas, mostraram ser possível (nem sempre é assim) superar problemas fazendo em campo o que sabem fazer. Bem feito pra mim, que tenho desculpas, mas perdi um grande jogo.

Parabéns a todo futebol feminino. As próximas Copas serão ainda melhores.

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