Não chorei, mas doeu, na alma, no psicológico. Não chorei, mas achei uma merda, fiquei revoltado, perder no Mineirão, em casa de 7 é dose. Estava em um bar vendo o jogo com meu pai, expectativa grande, fantasiado, com o rosto de verde e amarelo. 50 pessoas olhando para a tv e vendo a maior chacota do futebol brasileiro criando forma, era um monstro crescendo. 1, 2, 3, 4, 5, 6, fui embora, meu pai não aguentava. O país estava em crise, não política, sentimental e psicológica. O coração forte dos amantes do futebol dos amarelinhos agora tinha virado pó. Todas as bandeiras,Todos os torcedores, toda a alegria, sumiu das ruas e se trancou em um porão.
Depois de um tempo o vexame foi esquecido, mas o sentimento da torcida brasileira ainda estava empoeirando o porão das 7 lagrimas. Mas a seleção não morreu, parecia, mas na verdade o canarinho é uma fênix, que saiu das cinzas para voar. Substituições foram feitas, a principal, sai Felipão entra Adenor.
Após a derrota 4 anos de trabalho e treino intensos a seleção se reestruturou, mas o coração dos brasileiros ainda está se curando, afinal, é uma luta sair do porão onde é guardado memórias de tristeza. Agora estamos perto do primeiro jogo da copa da Rússia. O jogo contra a Suíça é um teste para ver se a “geração 7 a 1” vai conseguir trazer a felicidade e confiança para o povo verde e amarelo. O povo está saindo para torcer e para vibrar pela nação, sem frescura e sem arrependimento, mas desconfiado. Está na hora de mostrar que 5 estrelas não se conquistam sozinhas. Vai Brasil!