“É a vaidade, Fábio, nesta vida”

O ex-zagueiro são-paulino, Lugano, como um bom uruguaio, assim como o escritor Eduardo Galeano – autor do brilhante livro As veias abertas da América Latina – já havia disparado, para a perplexidade da imprensa esportiva brasileira, que Tite, atual técnico da seleção brasileira, não passava de um grande encantador de serpentes. Convenhamos, o sujeito realmente tem um discurso bem pegajoso, além de circular, ao extremo.

Mas, o que nos interessa aqui não é o discurso, em si, do nosso treinador. Daí, vamos relembrar o teatro da nossa imprensa esportiva ao longo do mundial passado, em que éramos o único favorito do evento, segundo Galvão Bueno e companhia ilimitada, pois acima de tudo tínhamos Neymar, o solista.

O contrário só fora realmente constado, e com críticas ferozes ao antigo treinador, lá pela metade do primeiro tempo contra a Alemanha, cujo placar já estava em cinco tentos contra nossa amarelinha. Daí, vamos relembrar uma frase de Nietzsche, cuja vida seria um erro sem a música, e entenda por aqui, que a música para ser bem executada, necessita sobretudo de um grande maestro, bem como, um bom solista em harmonia com a orquestra.

Assim sendo, cabe ressaltar que a seleção canarinho tem um grande solista, embora com algumas ressalvas, tal qual, os momentos em que o mesmo pensa que o estádio é um grande circo, e ele, um malabarista. Não é bem assim! Futebol é coisa séria! Temos também uma grande orquestra em campo, assim como um maestro fora das quatro linhas, porém, sem música a vida é um grande erro. Ou seja, está faltando harmonia entre os integrantes no tapete verde.

Já diria o grande poeta baiano Gregório de Matos, É a vaidade, Fábio, nesta vida, que embora seja Nau vistosa, de que importa, se aguarda sem defesa, penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa? Ainda é cedo!?

Robson Veiga

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