Futebol association

Ele não precisa de mais que três minutos. Nem quatro. Três minutos e créu! É claro que estamos falando de Cristiano Ronaldo, o deus da força, da beleza, da graça, da gentileza urbana… e dos gols! Mas, como dizia meu pai, sabiamente, futebol é association! E por mais que nos encante o brilho do craque, só funciona, no atacado, se houver coletivo.

Um ou outro homem ganhou sozinho uma Copa do Mundo, para fazer valer a exceção. Falo de outro deus, Maradona, que era mesmo excepcional e cujo parentesco com o divino foi comprovado quando la mano de Diós converteu aquele famoso tento. No mais, nem Pelé, maior que todos – lo siento, hermanos, mas foi! – ganhou nada sozinho, porque até nisso era superior: gigante, tinha em volta gigantes, nas três copas que ganhou. Três, galera, não uma ou outra, nunca com a little help da mãozinha amiga…

Voltando ao protagonista desta edição do Mundial, Cristiano por enquanto está salvando a pátria, que também é nossa (minha pátria é minha língua, né, Pessoa?, né, Caetano?), mas por enquanto isso parece pouco para as pretensões de Portugal. As lágrimas de Marrocos comovem pela injustiça dos deuses do futebol. Nada ainda está decidido, mas os portugueses jogaram pouco contra os aguerridos africanos.

Nada ainda está decidido. Mas os craques brasileiros bem que podiam aprender com o bonitão do Real Madrid a ser mais efetivos e menos chorões. Vamos crescer, pessoal! Vamos virar gente grande e mostrar a que viemos! Ainda dá tempo!

Nada ainda está decidido, mas a julgar pelos recordes que o Ronaldo português vem quebrando, um a um, ele vai acabar se igualando a um parente meu que trabalhou no garimpo e era bom de bola de verdade. Segundo o pai desse meu primo, o “menino” havia marcado todos os gols do campeonato. Todos! Eu fiz as contas: o time dele ganhou cem por cento das partidas, os outros jogos foram zero a zero e aqueles em que houve gol de outro time, certamente meu primo havia convertido contra.

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