Toninho Lima

Crônicas publicadas no projeto.

ESCREVO HOJE PARA NÃO SER INFLUENCIADO AMANHÃ

Elas podiam ter garantido a tranquilidade de estar nas oitavas. Mas, como nem era de se estranhar, tropeçaram nas chuteiras das francesas. Amanhã partirão para cima da Jamaica, outro país que esbanja ginga e raça, e não faço a mínima ideia de como isso pode acabar. Por isso escrevo hoje. Quero deixar aqui gravadas a minha admiração e a minha

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DO PAI DA ROMARINHA AO TORCEDOR DA SELEÇÃO FEMININA

Eu sei, muito já se falou sobre o tempo em que o futebol era o famoso esporte bretão e de necessária virilidade. Isso nunca impediu minha filha mais nova, aos 7 anos de idade, de roubar a bola dos pés de incrédulos coleguinhas da escola e merecer deles o honroso apelido de Romarinha. A garota batia um bolão. E os

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Toninho Lima

O SÉCULO DO ATLETA

Foi-se. Suas últimas aparições, apesar de abatido, sempre ostentaram um sorriso quase beatífico, resignado. Foi motivo de orgulho para um país terceiro-mundista fadado, até então, a um destino inglório. Foi uma, duas, três vezes campeão do mundo. A ponto de ser eleito, com merecimento, o Atleta do Século. Hoje, ao cair da tarde, veio a notícia. O Rei deixou o

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Toninho Lima

BOTARAM A BRAÇADEIRA NO HOMEM!

Tenho lá minhas implicâncias com o Adenor. Seu jeitão de coach-palestrante de autoajuda, seu caminhar pela beirada do campo que me lembra um marreco manco e, mais do que tudo, as suas escalações. Mas hoje, confesso, fui agradado. A coragem de, não só escalar, mas botar a fixa de capitão no braço do Dani Alves me caiu como um recado

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Toninho Lima

CRAQUES DE CHINELAS

Sou, acho que já posso dizer isso sem freios de modéstia, um redator publicitário bem-sucedido. Assim como meu amigo de décadas José Guilherme Vereza, ele mais do que eu porque ostenta em alguma estante em sua casa a estatueta de um leão, prêmio conquistado em Cannes, que equivale ao Grammy ou ao Oscar da publicidade mundial. Claro que nós dois

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Toninho Lima

QUANDO É A BOLA QUEM DRIBLA VOCÊ.

Pois é. Lá vem mais uma Copa do Mundo de Futebol chegando pertinho e a gente começa a imaginar os dribles que vai precisar dar. As pedaladas, os dribles da vaca, as firulas e os corta-luz. É que a gente tem um adversário temido e ameaçador: o tempo. Quem, como eu, trabalha há muitas copas, sabe que é complicado torcer

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Toninho Lima

O MOSTACHON DE FRESA FICA PARA OUTRO DIA.

Menos de duas semanas para a bola começar a rolar nos campos do Qatar e eu aqui, disfarçando, fingindo desinteresse. Também, com tantas possibilidades à mão por que o Tite iria me convocar? Logo a mim, que já estou meio inativo, talvez fora de forma. Sem falar na idade, já avançada demais para um lateral direito. Estou aqui, olhos grudados

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Toninho Lima

Quem perdeu foi o marqueteiro.

Elas estiveram por aí, há décadas. Começaram jogando escondidas, porque era-lhes proibido o toque de bola, o drible e os chutes a gol. Aos poucos, umas desistindo, outras insistindo, foram virando times, até mesmo uma seleção nacional. Você notou? Pois o marqueteiro, não. Distraído, estava voando alto nas asas da seleção masculina e ganhando os likes gerais com os craques

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Toninho Lima

ESCALADO, QUASE NÃO ENTREI EM CAMPO.

Estava tão distraído que nem percebi a mensagem que me foi enviada. Dei de cara com ela, já era o dia do jogo. O Crônicas da Copa estava de volta e, supremo bom gosto, desta vez era a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Pronto. Fui assistir ao jogo. Ao contrário do que vaticinaram alguns coleguinhas mais misóginos, as meninas

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Toninho Lima

O DIA EM QUE A BOLA PERDEU A COPA DO MUNDO.

Ela estava rolando freneticamente no gramado? Nem vi. Estava fixado naquela figura loura de camiseta xadrez vermelha e branca, ao lado de um homem sisudo e ar de poucos amigos. Estava embasbacado com aquele sorriso, com aquela placitude. A bola bem que se esforçou, traçando exatas rotas aos pés de um gigante Modrić, serpenteando arisca aos pés do jovem Mbappé.

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Crônicas publicadas no projeto.

ESCREVO HOJE PARA NÃO SER INFLUENCIADO AMANHÃ

Elas podiam ter garantido a tranquilidade de estar nas oitavas. Mas, como nem era de se estranhar, tropeçaram nas chuteiras das francesas. Amanhã partirão para cima da Jamaica, outro país que esbanja ginga e raça, e não faço a mínima ideia de como isso pode acabar. Por isso escrevo hoje. Quero deixar aqui gravadas a minha admiração e a minha torcida para que as nossas meninas vençam, mesmo que não

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DO PAI DA ROMARINHA AO TORCEDOR DA SELEÇÃO FEMININA

Eu sei, muito já se falou sobre o tempo em que o futebol era o famoso esporte bretão e de necessária virilidade. Isso nunca impediu minha filha mais nova, aos 7 anos de idade, de roubar a bola dos pés de incrédulos coleguinhas da escola e merecer deles o honroso apelido de Romarinha. A garota batia um bolão. E os meninos adoravam escalar a jogadora para seus times e venciam

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O SÉCULO DO ATLETA

Foi-se. Suas últimas aparições, apesar de abatido, sempre ostentaram um sorriso quase beatífico, resignado. Foi motivo de orgulho para um país terceiro-mundista fadado, até então, a um destino inglório. Foi uma, duas, três vezes campeão do mundo. A ponto de ser eleito, com merecimento, o Atleta do Século. Hoje, ao cair da tarde, veio a notícia. O Rei deixou o campo. Triste campo, sem seu Rei. Foi-se o Atleta do

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BOTARAM A BRAÇADEIRA NO HOMEM!

Tenho lá minhas implicâncias com o Adenor. Seu jeitão de coach-palestrante de autoajuda, seu caminhar pela beirada do campo que me lembra um marreco manco e, mais do que tudo, as suas escalações. Mas hoje, confesso, fui agradado. A coragem de, não só escalar, mas botar a fixa de capitão no braço do Dani Alves me caiu como um recado bem dado. Já defendi aqui a minha preferência por um

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CRAQUES DE CHINELAS

Sou, acho que já posso dizer isso sem freios de modéstia, um redator publicitário bem-sucedido. Assim como meu amigo de décadas José Guilherme Vereza, ele mais do que eu porque ostenta em alguma estante em sua casa a estatueta de um leão, prêmio conquistado em Cannes, que equivale ao Grammy ou ao Oscar da publicidade mundial. Claro que nós dois sabemos que seríamos mais exemplares de competência não fossem outros

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QUANDO É A BOLA QUEM DRIBLA VOCÊ.

Pois é. Lá vem mais uma Copa do Mundo de Futebol chegando pertinho e a gente começa a imaginar os dribles que vai precisar dar. As pedaladas, os dribles da vaca, as firulas e os corta-luz. É que a gente tem um adversário temido e ameaçador: o tempo. Quem, como eu, trabalha há muitas copas, sabe que é complicado torcer pela Seleção Brasileira, especialmente nos horários diurnos, sem prejudicar o

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O MOSTACHON DE FRESA FICA PARA OUTRO DIA.

Menos de duas semanas para a bola começar a rolar nos campos do Qatar e eu aqui, disfarçando, fingindo desinteresse. Também, com tantas possibilidades à mão por que o Tite iria me convocar? Logo a mim, que já estou meio inativo, talvez fora de forma. Sem falar na idade, já avançada demais para um lateral direito. Estou aqui, olhos grudados na televisão, mas sem alimentar desejos, esperanças, expectativas. Apenas estou

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Quem perdeu foi o marqueteiro.

Elas estiveram por aí, há décadas. Começaram jogando escondidas, porque era-lhes proibido o toque de bola, o drible e os chutes a gol. Aos poucos, umas desistindo, outras insistindo, foram virando times, até mesmo uma seleção nacional. Você notou? Pois o marqueteiro, não. Distraído, estava voando alto nas asas da seleção masculina e ganhando os likes gerais com os craques barbudinhos. Aí a menina Marta (ué, menino Neymar não podia?)

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ESCALADO, QUASE NÃO ENTREI EM CAMPO.

Estava tão distraído que nem percebi a mensagem que me foi enviada. Dei de cara com ela, já era o dia do jogo. O Crônicas da Copa estava de volta e, supremo bom gosto, desta vez era a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Pronto. Fui assistir ao jogo. Ao contrário do que vaticinaram alguns coleguinhas mais misóginos, as meninas tocam a bola com graça e velocidade. E a graça

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O DIA EM QUE A BOLA PERDEU A COPA DO MUNDO.

Ela estava rolando freneticamente no gramado? Nem vi. Estava fixado naquela figura loura de camiseta xadrez vermelha e branca, ao lado de um homem sisudo e ar de poucos amigos. Estava embasbacado com aquele sorriso, com aquela placitude. A bola bem que se esforçou, traçando exatas rotas aos pés de um gigante Modrić, serpenteando arisca aos pés do jovem Mbappé. Mas eu estava definitivamente sequestrado pelo sorriso maternal daquela mulher.

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