Rose Ferraz

Crônicas publicadas no projeto.

Rose Ferraz

O beijo para nós.

Ah, esse rei tão brilhante, que encantou o mundo! Em todas as homenagens que li e vi, lá estava o meu irmão criança torcendo fervorosamente por ele. A paixão dos 7 anos, que se mantém aos 70, e segue no meu sobrinho lindo, santista também. Eu vi Pelé no campo. E também me encantei. A última vez foi num amistoso

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Bateram na gente, chamamos os hermanos.

Vingança é um prato que se come cru, como não dizia minha avó, que também era da paz, embora tenha usado um cabo de vassoura para defender minha irmã certa vez. Foi muito triste perder da Croácia e ver a nossa seleção ser eliminada da Copa. Assim como foi triste aguentar todo mundo falando mal do Neymar, mesmo após aquele

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Rose Ferraz

El Tigre

Arthur Friedenreich (1892-1969) A Seleção tem memória curta. Incontáveis 1329 gols. Ou seriam 1239? Ou 554 gols em 561 partidas, ao longo de quase 26 anos de bola? Só sei que El Tigre foi um grande artilheiro. E não deixou de vestir a camisa do Flamengo.

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Rose Ferraz

Figurinhas de Peso

Seu Jão era um dos poucos jornaleiros locais. Sua banca ficava na praça central e as crianças estavam sempre por lá, em busca das figurinhas da Copa. Seu Jão era cheio de prosa e dizia que tinha todos os álbuns, desde o tempo das carimbadas. Você viu? Nem eu. Seu Jão era bem malandro mesmo. Desde que surgiu o boato

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Rose Ferraz

A minha última crônica foi M. le Président Macron que escreveu

Portas e corações do Élysée abertos aos campeões e ao público, com transmissão ao vivo. Foi mesmo a Copa das Emoções. Uma comemoração impecável. Merci, les Champions! Les champions du monde à l'Élysée. LIVE | Merci à nos champions ! Publicado por Élysée – Présidence de la République française em Segunda, 16 de julho de 2018

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Rose Ferraz

A dor que deveras sente.

“O poeta é um fingidor Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” Fernando Pessoa É, poeta. As câmeras flagram e elas estão todas lá: as expressões de quem sente. E eu adoro isso: essas caras de gente vibrando, chorando, se encantando, sendo gente. No campo, na torcida, por trás dos celulares, diante

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Rose Ferraz

Allez para casa, los Verdes!

Aprendi a gritar “Allez, les Verts” antes mesmo do “Allez, les Bleus” que nos tiraria da Copa vinte e dois anos depois. Era minha primeira viagem à França e o Saint-Étienne disputava a Coupe d’Europe. Com a camiseta do Dominique Rocheteau (presente do namorado francês), torci muito pelos Stéphanois, mas quem levou a taça foi o Bayern de Munique, com

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Rose Ferraz

Figurinha rara

Escalada como quarta mãe – depois da Mamãe, da Babá e da Vovó – eu sempre aguardava no banco a hora de entrar em campo. Naquela tarde, fora convocada para buscar a “filhinha” na escola. Dez minutos me aquecendo na porta e nada! A coordenadora de entradas e saídas já tinha anunciado seu nome pelo microfone umas sete vezes e…

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Rose Ferraz

Meu hino da Copa

Entre os roteiros que escrevi em tempos de Copa, este não foi produzido. Eu queria perfilar crianças vestidas com a camisa da Seleção, cantando: – “Basil, meu Basil basilelo, meu mulato inzonêlo, vô cantati nos meus véssos… O Basil, samba qui dá, bamboleio qui faz gingá, o Basil do meu amô, tela di Nosso Sinhô… Basil! Basil! Pá mim! Pá

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Rose Ferraz

Seleção raiz.

Minha primeira seleção foi formada num time de botões. Meu irmão torcia para o Santos e o time dele era todo certinho. O meu, não. Tinha botão de tampa de relógio, botão de osso, botão de acrílico, botão de casca de coco, botão de madrepérola (meu favorito), botão disputado das caixas de costura da minha mãe. O importante é que fossem

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Crônicas publicadas no projeto.

O beijo para nós.

Ah, esse rei tão brilhante, que encantou o mundo! Em todas as homenagens que li e vi, lá estava o meu irmão criança torcendo fervorosamente por ele. A paixão dos 7 anos, que se mantém aos 70, e segue no meu sobrinho lindo, santista também. Eu vi Pelé no campo. E também me encantei. A última vez foi num amistoso pré-Copa em 22 de março de 1970, no Morumbi. Brasil

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Bateram na gente, chamamos os hermanos.

Vingança é um prato que se come cru, como não dizia minha avó, que também era da paz, embora tenha usado um cabo de vassoura para defender minha irmã certa vez. Foi muito triste perder da Croácia e ver a nossa seleção ser eliminada da Copa. Assim como foi triste aguentar todo mundo falando mal do Neymar, mesmo após aquele gol majestoso que ele fez. Mas, nessa terça, os hermanos

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El Tigre

Arthur Friedenreich (1892-1969) A Seleção tem memória curta. Incontáveis 1329 gols. Ou seriam 1239? Ou 554 gols em 561 partidas, ao longo de quase 26 anos de bola? Só sei que El Tigre foi um grande artilheiro. E não deixou de vestir a camisa do Flamengo.

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Figurinhas de Peso

Seu Jão era um dos poucos jornaleiros locais. Sua banca ficava na praça central e as crianças estavam sempre por lá, em busca das figurinhas da Copa. Seu Jão era cheio de prosa e dizia que tinha todos os álbuns, desde o tempo das carimbadas. Você viu? Nem eu. Seu Jão era bem malandro mesmo. Desde que surgiu o boato de que os envelopes que vinham com figurinhas especiais pesavam

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A minha última crônica foi M. le Président Macron que escreveu

Portas e corações do Élysée abertos aos campeões e ao público, com transmissão ao vivo. Foi mesmo a Copa das Emoções. Uma comemoração impecável. Merci, les Champions! Les champions du monde à l'Élysée. LIVE | Merci à nos champions ! Publicado por Élysée – Présidence de la République française em Segunda, 16 de julho de 2018

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A dor que deveras sente.

“O poeta é um fingidor Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” Fernando Pessoa É, poeta. As câmeras flagram e elas estão todas lá: as expressões de quem sente. E eu adoro isso: essas caras de gente vibrando, chorando, se encantando, sendo gente. No campo, na torcida, por trás dos celulares, diante da TV. Há os que clamam, os que reclamam, os

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Allez para casa, los Verdes!

Aprendi a gritar “Allez, les Verts” antes mesmo do “Allez, les Bleus” que nos tiraria da Copa vinte e dois anos depois. Era minha primeira viagem à França e o Saint-Étienne disputava a Coupe d’Europe. Com a camiseta do Dominique Rocheteau (presente do namorado francês), torci muito pelos Stéphanois, mas quem levou a taça foi o Bayern de Munique, com um gol do Roth, depois da cobrança de uma falta

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Figurinha rara

Escalada como quarta mãe – depois da Mamãe, da Babá e da Vovó – eu sempre aguardava no banco a hora de entrar em campo. Naquela tarde, fora convocada para buscar a “filhinha” na escola. Dez minutos me aquecendo na porta e nada! A coordenadora de entradas e saídas já tinha anunciado seu nome pelo microfone umas sete vezes e… 7 para a Alice, 0 para a bandeirinha. Nenhum sinal

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Meu hino da Copa

Entre os roteiros que escrevi em tempos de Copa, este não foi produzido. Eu queria perfilar crianças vestidas com a camisa da Seleção, cantando: – “Basil, meu Basil basilelo, meu mulato inzonêlo, vô cantati nos meus véssos… O Basil, samba qui dá, bamboleio qui faz gingá, o Basil do meu amô, tela di Nosso Sinhô… Basil! Basil! Pá mim! Pá mim!… E, no fim, um garotinho diria, após a locução

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Seleção raiz.

Minha primeira seleção foi formada num time de botões. Meu irmão torcia para o Santos e o time dele era todo certinho. O meu, não. Tinha botão de tampa de relógio, botão de osso, botão de acrílico, botão de casca de coco, botão de madrepérola (meu favorito), botão disputado das caixas de costura da minha mãe. O importante é que fossem bem lixados, deslizassem com classe na imensa tábua-campo – mandada

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