Maurício Melo Jr.

Crônicas publicadas no projeto.

Maurício Melo Jr.

Sexta-Feira, 02 de Dezembro

Preciso cuidar da saúde, fazer exames médicos, mandar lavar o carro, fazer compras, tocar a vida cotidiana, mas hoje é sexta-feira, é o Dia do Samba, tem jogo do Brasil. Suspeito que há uma conjunção universal em defesa da preguiça, da irresponsabilidade. O problema é que o calendário está fixado na parede, já sem a foto de Rose de Primo,

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Maurício Melo Jr.

A Falta que Ele Não Fez

Foi um dia de esperas e expectativas, a segunda-feira, 28 de novembro. Ainda dá tempo de falar nesse dia. A excepcionalidade estava no fato do Brasil entrar em campo, precisando garantir a vaga para próxima fase da Copa, sem Neymar, sequer no banco. Já às sete da manhã, as emoções acenderam-se entre Camarões e Sérvia, cada um buscando seu espaço

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Maurício Melo Jr.

Juras e Promessas

“Tinha jurado à minha mãe, por toda vida, não me meter em mais nenhuma trapalhada”. Todas as vezes que abre a temporada de euforia com a perspectiva da Festa Literária de Paraty, lembro dos versos de Miguel Gustavo, cantados por Moreira da Silva. A analogia é simples. Todos os anos prometo não vir à festa e, sempre e sempre, como

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Maurício Melo Jr.

Com que Roupa?

Não estou sozinho, aliás, estou bem acompanhado. Dizem que o poeta Carlos Drummond de Andrade, como eu, se enfeitava de camisa nova para ver os jogos da seleção brasileira. Gosto do ritual. Ir à loja desportiva mais próxima e comprar, por preço sem sempre justo para o consumidor, uma camisa da Canarinho, e nos dias de jogos, copos de cerveja

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Maurício Melo Jr.

1970: noventa milhões em ação.

Havia uma nuvem negra sobre o país, mas se não percebia. O menino de pouco mais de oito anos que se esgueirava pelas ruas ingênuas de uma cidade do interior pernambucano não alcançava a tensão daquelas horas. Tudo recendia à tranquilidade inexistente. Éramos noventa milhões em ação, como cantavam os versos de Miguel Gustavo. Compositor de hilariantes sambas-de-breque cantados por

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Crônicas publicadas no projeto.

Sexta-Feira, 02 de Dezembro

Preciso cuidar da saúde, fazer exames médicos, mandar lavar o carro, fazer compras, tocar a vida cotidiana, mas hoje é sexta-feira, é o Dia do Samba, tem jogo do Brasil. Suspeito que há uma conjunção universal em defesa da preguiça, da irresponsabilidade. O problema é que o calendário está fixado na parede, já sem a foto de Rose de Primo, denunciando minha idade. Aliás, acabei de confessar minha faixa etária,

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A Falta que Ele Não Fez

Foi um dia de esperas e expectativas, a segunda-feira, 28 de novembro. Ainda dá tempo de falar nesse dia. A excepcionalidade estava no fato do Brasil entrar em campo, precisando garantir a vaga para próxima fase da Copa, sem Neymar, sequer no banco. Já às sete da manhã, as emoções acenderam-se entre Camarões e Sérvia, cada um buscando seu espaço para seguir em frente. Jogo pegado, duro, corrido. Um jogo

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Juras e Promessas

“Tinha jurado à minha mãe, por toda vida, não me meter em mais nenhuma trapalhada”. Todas as vezes que abre a temporada de euforia com a perspectiva da Festa Literária de Paraty, lembro dos versos de Miguel Gustavo, cantados por Moreira da Silva. A analogia é simples. Todos os anos prometo não vir à festa e, sempre e sempre, como na promessa de Kid Morangueira, traio o compromisso. Neste glorioso

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Com que Roupa?

Não estou sozinho, aliás, estou bem acompanhado. Dizem que o poeta Carlos Drummond de Andrade, como eu, se enfeitava de camisa nova para ver os jogos da seleção brasileira. Gosto do ritual. Ir à loja desportiva mais próxima e comprar, por preço sem sempre justo para o consumidor, uma camisa da Canarinho, e nos dias de jogos, copos de cerveja à mão, sofrer e me alegrar, solidário aos locutores televisivos.

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1970: noventa milhões em ação.

Havia uma nuvem negra sobre o país, mas se não percebia. O menino de pouco mais de oito anos que se esgueirava pelas ruas ingênuas de uma cidade do interior pernambucano não alcançava a tensão daquelas horas. Tudo recendia à tranquilidade inexistente. Éramos noventa milhões em ação, como cantavam os versos de Miguel Gustavo. Compositor de hilariantes sambas-de-breque cantados por Moreira da Silva, Miguel se entregara ao ufanismo em voga.

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